terça-feira, 14 de junho de 2011

Preocupação

Ontem falei com minha madrinha. Até comentei aqui no último texto.
Tô numa vontade tãããõ grande de conversar com ela! Parece que, no fundo, no fundo, ela não está muito bem. Agora estou preocupada com ela. Liguei pra ela inúmeras vezes hoje, até perdi as contas. Ela disse que me ligaria mas não deu sinal de vida ('Que novidade né Heloísa!!' ¬¬' Não sei porque ainda me surpreendo com isso!). O celular dela dava direto na caixa de mensagem, depois passou a chamar até desligar. Mandei mensagem e ela não respondeu. E aqui estou eu, preocupada, pensando nela o dia inteiro, imaginando mil coisas, e sem saber realmente o que acontece. E eu sei que agora não vou sossegar enquanto eu não souber o que está acontecendo, enquanto ela não me falar o que passa, enquanto eu não puder ajudar, enquanto ela não me convencer de que está bem, realmente bem, 100% bem. Vou ser (ou continuar sendo) do tipo chata, que liga, que quer ver de qualquer maneira, que manda mensagem, que quer resolver. Até que passe.

E que passe logo, porque não foi bom vê-la daquela maneira.





Eu e essa 'mania' de preocupar com os amigos, a familia, com o mundo. Depois penso em mim. Até quando?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Que seja doce...

Semana de aniversário chegou.

Há um tempo atrás eu tinha vontade de fazer uma festa. Uma festa grande. Uma super festa. Chamar familiares, amigos, conhecidos. Isso tudo pra comemorar meu aniversário. A ideia inicial era de fazê-la nos 18, mas não deu certo. Prorroguei pros 21 e não vai dar certo de novo.
Graças a Deus passei da fase de ficar lamentando essa festa e, então, já que não vai ter festa mesmo arrumei outra maneira de comemorar bem os 21 anos de vida que vou interar nessa quarta-feira. Resolvi comemorar ao longo de uma semana inteira. De 12 a 19 de Junho.

Pra mim, nesse semestre, a quarta-feira é o pior dia da semana. Isso porque é o dia que eu passo mais tempo na faculdade. Tinha aula das 10h da manhã as 18:30h da noite. Agora não preciso mais ir pela manhã, mas ainda sim é o dia que passo mais tempo por lá. Por um azar (ou não) meu aniversário esse ano deu logo numa quarta-feira. E já que esse ano o dia de comemorar não ajudou, pra não ter desculpa de 'não posso', eu resolvi fazer várias pequenas comemorações diferentes, durante uma semana toda.

O planejamento inicial era de uma noite de jogos com os amigos no domingo, um sorvete na segunda, uma pamonhada pra alguns especiais na terça, uma comemoração maior pra amigos e familiares que lembrarem na quarta, um bolinho na quinta, e a maior comemoração seria na sexta (que é o melhor dia da semana) com um show da Fantoches Anônimos no Esconderijo. E além disso fazer uma viagem pra curtir música, fazenda e cinema em Goiás no sábado e no domingo.
Esse planejamento já sofreu alterações, mas a essência é a mesma. Comemorar, aos poucos, com todos que são importantes na minha vida hoje, a minha história nesses 21 anos.

O início das comemorações foi bem. Iniciei o dia recebendo 200 reais por um show que fiz no interior com uma dupla. Ou seja, já comecei com grana pra poder gastar nas outras comemorações da semana. hahahaha!
Almocei com a família aqui lá na casa do Erivelto, meu primo, e revi um monte de gente boa que estava lá. Minha tia, a Suzanne e o Leonam, a Núbia e os três pestinhas liiiindos da vida! Brinquei com a Duda, pintei com ela, conversei a beça com o Júlio e o Luiz. Foi legal. Depois disso visitamos minha tia Narzina. Quando viemos pra casa eu mal desci e já sai novamente. Fui ver a Rê, mas ela não estava em casa, então resolvi ver outros amigos aqui por perto. Fui ao turmalinas pra 'pagar' a visita que eu tava devendo ao Raul, mas confundi o bloco dele e o porteiro não deixou eu entrar, disse que não tinha Raul lá não. hahahahaha! Depois disso tentei uma visita a Mari e a Lia e dessa vez deu certo. Conversei um tempão com a Mari. A Lia tava mais ocupada. Fiquei sabendo das novidades, noivado, adoção, festas, enfim, tudo. Deu pra matar saudade e ainda divertir um pouco com as guriazinhas que estavam lá. :)
Depois disso voltei na Rê pra tentar encontrá-la em casa. Encontrei com a Nath lá na esquina e parei pra dar um beijo nela. Depois terminei de chegar la na Rê. A Ju bonequinha também estava lá. A gente conversou um tempo e marcamos de sair pra jantar com a turma. Vim em casa banhar e voltei pra casa da Rê. Saimos e lá e fomos pra igreja da Cris. Tava rolando quermesse e a gente jantou por lá. Também matei saudade da Cris um pouco. Saindo de lá a gente foi pra casa da Rê pra eu pegar o carro (tínhamos ido no carro do Vinnie) e ir pro Koyote. Os meninos foram pro aniversário de uma prima da Cris.
Fui pro Koyote porque ia ter show da banda My Nega, que é o projeto da minha Madrinha Hosana junto com o Darby. E o Darby tinha me convidado no meio da semana pra ir lá comemorar com ele o aniversário dele, que era ontem, dia dos namorados. Fui pra lá e curti o show. Muita gente lá, muitos músicos. Rolou muita participação no show. Eu adorei porque deu uma variada no repertório (rolou até uns rock das antigas como Pink Floyd, Creedance e até Guns'n'Roses) e também porque assim eu tive tempo de conversar com minha madrinha. Uma das participações do show foi a dupla da Hendiny, que estudou comigo no 3º ano no meta. Já sabia que ela mandava bem cantando pelo pouco que tinha visto ela cantar no Meta. Gostei da dupla dela. O parceiro dela também canta legal, e eles parecem ter um entrosamento massa. Foi uma surpresa Vê-la.

Depois do show fiquei lá um tempo conversando potoca com a Hosana e os músicos. Já era umas 2 e pouco quando resolvi ir embora. Despedi do Darby e dos outros músicos lá dentro e fui pra fora despedir da madrinha. Quando ia despedir dela ela falou pra eu esperar que ela ia entrar pra ver não-sei-o-quê e já voltava. Fiquei lá fora conversando com o Gabriel. A gente falou de pais, de faculdade, e de outras coisas. Foi uma boa conversa, mesmo curta, uma boa conversa.
Depois disso fui despedir, mais uma vez, da minha madrinha e a gente acabou enrolando mais um pouco. Num certo momento, onde não tinha mais ninguém por perto, ela disse que quer conversar comigo. Achei tãããão lindo, sabe?? Fico preocupada por saber que quando ela diz assim, ainda mais da maneira como ela disse, é sinal de que as coisas não estão muito bem pra ela; mas, ao mesmo tempo, eu fico numa alegria por perceber a confiança dela em mim, sabe? Por ver que ela 'me escolheu' pra poder falar sobre isso que eu nem sei o que é ainda, mas que, pelo visto, não é algo que ela fale com qualquer outra pessoa. A gente não pôde conversar lá, a situação não era muito apropriada, mas eu a fiz prometer que me ligaria amanhã (hoje na verdade) pra gente marcar de se encontrar e conversar. Aproveitar que eu não tenho aula e fazer isso pro bem dela, e pro meu também.

Ah, o melhor momento do dia foi a parte onde, saindo do prédio das meninas, eu lembrei que não tenho aula nessa segunda-feira. Tem notícia melhor pra receber/lembrar num domingo a noite?? Só se eu tivesse ganhado na Sena pra ser melhor. hahahahaha!

Convidei as meninas, a Rê, a Madrinha Hosana, o Marcus e quero convidar alguns outros poucos amigos pra comemoração da terça-feira, a pamonhada. Parte da programação sofreu alterações assim como a programação desse primeiro domingo, mas não é nada de mais.

Só espero que nessa semana toda eu tenha bons momentos, assim como tive no início dela. Vendo boas pessoas, recebendo boas notícias, me surpreendendo positivamente, passar o dia com um bom humor, bons sentimentos e ainda ter uma vista liinda da Lua (que, pra minha felicidade, estará cheia nessa semana!).

Que Deus ajude pra que seja assim: DOCE!!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Consideração

"Já tinha um mês e resolvi ir nessa festa com cara de festa que você vai. Toda pessoa de cabelo cheio que entrava eu achava que era você. Assim como acho quando estou na rua, no supermercado, na fila do cinema, dormindo. Virei uma caçadora de pessoas cacheadas. Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Então você chegou na festa. E eu apenas sorri e sorri e sorri. Porque era isso. Eu queria te ver apenas. A dor numa caixinha embaixo dos meus pés e eu mais alta pra poder te abraçar sem dor, perto da sua nuca e por um segundo. Eu te acho bonito de formas tão variadas e profundas e insuportáveis. Eu vejo você parecendo um leãozinho no fundo da festa. Suando e analisando. O rei escondido escolhendo a presa que não vai atacar. Com sua eterna tristeza cheia de piadas afiadas. Suas facas afiadas de graças para defender as tristezas que nadam baixas nos seus olhos de quem não quer fazer mal. Mas faz. Seus olhos. Em volta um riozinho melancólico e no centro o sol feliz e novinho chegando. E tudo isso vem forte como um soco de buquê de flores de aço no meu estômago. E eu quero ir até você e te dizer que eu sei que você desmaia quando faz exame de sangue. E como eu gosto de você por isso. E como eu queria tirar todo meu sangue em pé pra você jamais cair. E como eu gosto de você por causa do e-mail que você mandou pro seu amigo com problemas. Como gosto quando você lembra de alguém e precisa demonstrar naquela hora porque tem medo da frieza das suas distrações. Suas listas de culturas e atenções. Os vasinhos. Os vasinhos coloridos da cozinha me matam. A história do milagre que te salvou da queda da estante. Você arrepiado falando em anjos. Essas suas delicadezas em detalhes dormem e acordam comigo. Acariciam e perfuram meu peito vinte e quatro horas por dia. Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. O último fio preso no pé da minha cama. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar."

[Tati Bernadi]



Na madrugada de ontem estava lendo vários textos no site da Tati, e esse em especial me inspirou no último post. Resolvi compartilhar.
Enquanto isso volto a leitura dos textos dela. Até mais!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Onipresente

Porque será que de madrugada, especialmente de madrugada, me bate tanta saudade de você?
Um show, uma música, um filme, um texto, uma conversa, qualquer coisa! Parece que em tudo eu encontro um pedacinho de você. Parece que você está em cada coisa que faço, que penso. Está por toda parte. Do sorvete ao vídeo improvável no youtube. E se saio, faço coisas diferentes, encontro gente nova, lá está você também, sempre 'por perto', onipresente.
É o cabelo, os olhos castanhos, o gosto diferente, as palavras difíceis, as novos conceitos, a comida preferida, o jeito de olhar, o compromisso com os estudos, a maneira de sorrir, a dança, a pele morena, a preocupação com os amigos, o sobrenome. Qualquer detalhe desse em qualquer outro ser humano me lembra você, seja manhã, tarde ou noite. Mas, na madrugada é tudo mais forte, tudo maior. É de madrugada que eu realmente sinto falta de você. É na madrugada que eu não tenho muita coisa pra me distrair e então você ocupa todo o espaço 'livre' no pensamento.
Parece que de madrugada eu não tenho tanto controle sobre o que penso e ai sim você aparece e toma conta de tudo. Mesmo de longe, de bem longe, esta sempre por perto. Dentro da cabeça e, ainda, dentro do coração.

Até quando hein??





"Porque tudo, tudo me traz você
E eu já não tenho pra onde correr
"