sábado, 15 de setembro de 2012

Sonho com a Katy Perry.

Acabei de acordar e tive um sonho com a Katy Perry. Vim logo escrever antes que começe a pensar em um monte de coisas.

No sonho o Pedrim e a Rebeca também estavam. A Katy Perry tava no Brasil pra fazer um show. E eu estava nos bastidores, conversei com ela. Pareceu muito real. O Pedrim tinha ensaiado uma participação no show dela junto dum outro cara que eu não lembro. A Rebeca tbm conversou com ela e ganhou presente. Eu conversei com ela, pedi pra tirar foto e tirei algumas. Eu entrava no camarim dela, a vi maquiando e ensaiando uma música em Português com um sotaque beeeem americano, mas era a coisa mais linda, eu filmei esse ensaio. Depois disso a Katy procurava um presente pra me dar, mas não encontrava, ai pediu pra uma produtora ir pegar o presente  e eu ir com ela. O sonho tinha tudo pra ser real. Eu tava no caminho pra ir buscar o presente, tava quase postando uma foto com ela no Instagram e meu telefone toca na vida real, música da Karmin, e eu corde e percebo que tudo foi só um sonho.

Mas foi um sonho lindo e deu muita vontade de compartilhar, por isso vim escrever. Depois de muito tempo.


Sei que tem bastante tempo que não escrevo. Não é por falta de assunto, até mesmo porquê minha vida e minha cabeça andam bem movimentadas. É mais por preguiça. Os assuntos que mais me incomodam eu tenho conversado com um amigo ou outro, ai a vontade de escrever acaba passando. Então, enquanto isso continuar vai ser assim.

Já que voltei a escrever vou falando que começei a fazer a terapia. Que minhas aulas na faculdade voltaram das férias e da greve, ja estou cursando o segundo período, que estou recebendo uma bolsa por um projeto de pesquisa na faculdade (o PIBID) e que comprei um celular novo (um sony ericsson Xperia Neo V) e to naquela fase de namoro com o celular. hehehehe.
Acho que as últimas novidades que merecem registro por enquanto são essas.

Até a próxima!!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Oi, você tem namorado?

Acabou de acontecer comigo aqui no IFG. Tô sentada com o notebook no colo abrindo uns sites e blogs quando do nada chega uma menina:


- Oi. Você tem namorado.
- Não.
- É que tem uma amiga minha querendo te conhecer.
- ...  [o.O]
- É que tem uma amiga minha muito interessada em você. Você acha que tem alguma chance?
           Eu devia estar com uma expressão muito do tipo "o quê que ta acontecendo aqui?"
- Não.
- A ta.
          A menina vira e vai embora. E na mesma hora eu venho deixar registrado. Achei engraçado. Acho que vale lembrar disso depois.



Livros e Crônicas

Na semana passada terminei de ler o livro Mentes Perigosas da Ana Beatriz Barbosa Silva que peguei emprestado com a Tátia. Além desse eu tinha mais quatro livros esperando para ser lidos. Na mesma madrugada que terminei a leitura do Mentes Perigosas começei a ler o Feliz por nada da Martha Medeiros.  Esse é um livro de crônicas. Sou fã da Martha e costumo achar muito bom tudo que ela escreve. Pelo menos tudo que li até hoje.

Vim escrever aqui hoje exatamente pra compartilhar uma das crônicas desse livro. Ela tem várias crônicas muito boas que dão vontade de compartilhar, de deixar aqui registrado. Mas essa especialmente, pelo meu momento de busca espiritual e principalmente por quando ela fala da música. Genial!

No último sábado fiquei surpresa ao ver a Martha Medeiros no TV Xuxa. Ela foi ao programa pra participar de uma homenagem a Cissa Guimarães. Homenagem linda aliás. A Cissa montou um espetáculo baseado no livro da Martha chamado Doidas e Santas, livro que foi o primeiro dela que eu li e me fisgou de vez. Quero muito ir assistir a peça semana que vem. Vou viajar com a família pra Buzios e devo passar um fim de semana no Rio. Se tudo der certo eu vou assistir.
Até lá fico com as crônicas mesmo. Até mais.


"Quando Deus aparece
Tenho amigas de fé. Muitas. Uma delas, que é como uma irmã, me escreveu um e-mail poético, dia desses. Ela comentava sobre o recital que assistiu do pianista Nelson Freire, recentemente. Tomada pela comoção durante o espetáculo, ela finalizou o e-mail assim: “Nessas horas Deus aparece”.
Fiquei com essa frase retumbando na minha cabeça. De fato, Deus não está em promoção, se exibindo por aí. Ele escolhe, dentro do mais rigoroso critério, os momentos de aparecer pra gente. Não sendo visível aos olhos, ele dá preferência à sensibilidade como via de acesso a nós. Eu não sou uma católica praticante e ritualística – não vou à missa. Mas valorizo essas aparições como se fosse a chegada de uma visita ilustre, que me dá sossego à alma.
Quando Deus aparece pra você?
Pra mim, ele aparece sempre através da música, e nem precisa ser um Nelson Freire. Pode ser uma música popular, pode ser algo que toque no rádio, mas que me chega no momento exato em que preciso estar reconciliada comigo mesma. De forma inesperada, a música me transcende.
Deus me aparece nos livros, em parágrafos que não acredito que possam ter sido escritos por um ser mundano: foram escritos por um ser mais que humano.
Deus me aparece – muito! – quando estou em frente ao mar. Tivemos um papo longo, cerca de um mês atrás, quando havia somente as ondas entre mim e ele. A gente se entende em meio ao azul, que seria a cor de Deus, se ele tivesse uma.
Deus me aparece – e não considere isso uma heresia – na hora do sexo, quando feito com quem se ama. É completamente diferente do sexo casual, do sexo como válvula de escape. Diferente, preste atenção. Não quer dizer que qualquer sexo não seja bom.
Nesse exato instante em que escrevo, estou escutando “My Sweet Lord” cantado não pelo George Harrison (que Deus o tenha), mas por Billy Preston (que Deus o tenha, também) e posso assegurar: a letra é um animado bate-papo com ele, ritmado pelo rock’n’roll. Aleluia.
Deus aparece quando choro. Quando a fragilidade é tanta que parece que não vou conseguir me reerguer. Quando uma amiga me liga de um país distante e demonstra estar mais perto do que o vizinho do andar de cima. Deus aparece no sorriso do meu sobrinho e no abraço espontâneo das minhas filhas. E nas preocupações da minha mãe, que mãe é sempre um atestado da presença desse cara.
E quando eu o chamo de cara e ele não se aborrece, aí tenho certeza de que ele está mesmo comigo."

3 de agosto de 2008
[Martha Medeiros]

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A morte como conselheira


Lembra-te,
antes que cheguem os maus dias,
e se rompa o fio de prata,
e se despedace o copo de ouro,
e se quebre o cântaro junto à fonte,
e se desfaça a roda junto ao poço…
Eclesiastes 12, 1-8
A vida está cheia de rituais para exorcizar a Morte. Agora, quando escrevo, dia 3 de janeiro de 1991, acabamos de passar por dois deles. É claro que não lhes damos este nome, pois o seu sucesso depende de que o Nome Terrível não seja ouvido. Para isto se faz uma barulheira enorme de sinos, fogos de artifício, danças, risos, muita comida, e alegria engarrafada… E tudo isso só para que a voz Dela não seja ouvida… Natal não é isto? Não existe uma tristeza solta no ar? O esforço desesperado de repetir um passado, fazer com que ele aconteça de novo? Encontrei, certa vez, numa loja nos Estados Unidos, um pacotinho de ervas e temperos num saquinho de plástico com o nome: “perfumes de Natal”. Tem de ser aqueles cheiros antigos, de infância. As músicas novas não servem, é preciso que as mesmas dos outros tempos sejam cantadas de novo. E que haja o mesmo rebuliço, os mesmos bolos, as mesmas frutas. Prepara-se a repetição do passado, para se ter a ilusão de que o tempo não passou. Melhor o incômodo da correria e da ressaca do que a dor de ouvir o que Ela está silenciosamente dizendo: “É, mas o tempo passou. Não pode ser recuperado. Você está passando…” Pensar dói muito. O Natal dói muito…. E saímos da depressão da perda por meio de um outro ritual. Tolice imaginar que o tempo passou. Que nada. É um novo tempo que vem. Há muito tempo à espera. “Feliz Ano Novo!” E, no entanto, é tudo mentira.
Certo está o poeta:
Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;
o que só agora vejo que deveria ter feito,
o que só agora claramente vejo que deveria ter sido
isto é que é morto para além de todos os Deuses…
Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei.
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar?
Esses, sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.
Enterro-os no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos… (Álvaro de Campos, Poesias, “Na noite terrível…”)
Não, não, a Morte não é algo que nos espera no fim. É companheira silenciosa que fala com voz branda, sem querer nos aterrorizar, dizendo sempre a verdade e nos convidando à sabedoria de viver.
O que ela diz? Coisas assim:
“Bonito o crepúsculo, não? Veja as cores, como são lindas e efêmeras… Não se repetirão jamais. E não há formas de segura-las. Inútil tirar uma foto. A foto será sempre a memória de algo que deixou de ser… E esta tristeza que a beleza dá? Talvez porque você seja como o crepúsculo…. É preciso viver o instante. Não é possível colocar a vida numa caderneta de poupança…”
“Você sabe que horas são? Está ficando frio… E as cores do outono? Parece que o inverno está chegando…”
“O que é que você está esperando? Como se a vida ainda não tivesse começado… Como se você estivesse à espera de algum evento que vai marcar o início real da sua vida: formar, casar, criar os filhos, separar da mulher ou do marido, descobrir o verdadeiro amor, ficar rico, aposentar… Como se os seus instantes presentes fossem provisórios, preparatórios. Mas eles são a única coisa que existe…”
“E esta música que você está dançando? É de sua autoria? Ou é um Outro que toca, e você dança? Quem é este Outro? Lembre-se do que disse o poeta ‘Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim’. Mas, se você é isto, o intervalo, você já morreu… Acorde! Ressuscite!”
A branda fala da morte não nos aterroriza por nos falar da Morte. Ela nos aterroriza por nos falar da Vida. Na verdade, a Morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos que perpetramos.
“Lembra-te, antes que se rompa o fio de prata e se despedace o corpo de outro”, e que seja tarde demais.
Uma das canções mais belas do Chico eu nunca ouvi tocada no rádio. Tenho perguntado, e pouca gente conhece. Desconfio. É porque ela é a mansa sabedoria da Morte, que ninguém quer ouvir. Diz assim: “O velho sem conselhos, de joelhos, de partida, carrega com certeza todo o peso de sua vida. Então eu lhe pergunto sobre o amor… A vida inteira, diz que se guardou do carnaval, da brincadeira que ele não brincou… E agora, velho, o que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Nada. Só a caminhada, longa, pra nenhum lugar… O velho, de partida, deixa a vida sem saudades, sem dívida, sem saldo, sem rival ou amizade. Então eu lhe pergunto pelo amor… Ele me diz que sempre se escondeu, não se comprometeu, nem nunca se entregou… E agora, velho, que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Nada. Eu vejo a triste estrada aonde um dia eu vou parar. O velho vai-se agora, vai-se embora sem bagagem. Não sabe pra que veio, foi passeio, foi passagem. Então eu lhe pergunto pelo amor… Ele me é franco. Mostra um verso manco dum caderno em branco que já se fechou. E agora, velho, o que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Não. Foi tudo escrito em vão… E eu lhe peço perdão mas não vou lastimar”… Parece até que o Chico e o Jorge Luis Borges entraram de acordo, pois este escreveu coisa muito parecida: “Instantes: Se eu puder viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser perfeito. Relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria até menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria para lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos sopa. Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma desta pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida. Eu era uma destas pessoas que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo…”
É! Embora a gente não saiba, a Morte fala com a voz do poeta. Porque é nele que as duas, a Vida e a Morte, encontram-se reconciliadas, conversam uma com a outra, e desta conversa surge a Beleza. Agora, o que a Beleza não suporta é o falatório, a correria… Ela nos convida a contemplar a nossa própria verdade. E o que ela nos diz é simplesmente isto: “Veja a vida. Não há tempo pra perder. É preciso viver agora! Não se pode deixar o amor para depois. CARPE DIEM!”
Foi esta a primeira lição do professor de literatura do filme A sociedade dos poetas mortos. CARPE DIEM: agarre o dia! E o efeito de tal revelação poética, nascida da reconciliação da Vida com a Morte, é uma incontrolável explosão de liberdade. É só isto que nos dá coragem para arrebentar a mortalha com que os desejos dos outros nos enrolam e mumificam.
Tive um amigo, Hans Hoekendijk, um holandês que esteve prisioneiro num campo de concentração alemão. Contou-me de sua experiência com a morte. A guerra já chegava ao fim, e os prisioneiros acompanhavam num rádio clandestino o avanço de tropas aliadas e já faziam o cálculo dos dias que os separavam da liberdade. Até que o comandante da prisão reuniu a todos no pátio e informou que, antes da libertação, todos seriam enforcados. “Foi um grito de lamentação e horror… seguido da mais extraordinária experiência de liberdade que jamais tive em minha vida”, ele disse. “Se eu morrer dentro de dois dias, então nada mais importa. Não há sentido em me guardar, não há sentido em ser prudente. Não preciso pretender ser outra coisa do que sou. Posso viver a minha verdade, pois nada pode me acontecer. Não preciso de máscaras. Tenho a permissão para a honestidade total. Posso ir ao guarda nazista, que sempre me aterrorizou, e dizer a ele tudo o que sinto e penso… Que é que ele pode me fazer? Posso ir até aquela mulher que sempre amei mas de quem nunca me aproximei (afinal, ela estava com o marido, e naqueles tempos isto era levado em consideração…) e pedir licença ao marido para confessar os sentimentos… Posso dizer tudo o que sinto mas que nunca me atrevi a dizer, por medo”. E me contou dessa experiência fantástica de liberdade e verdade que se tem quando se está pendurado sobre o abismo. A Morte tem o poder de colocar todas as coisas em seus devidos lugares. Longe do seu olhar , somos prisioneiros do olhar dos outros, e caímos na armadilha de seus desejos. Deixamos de ser o que somos para sermos o que eles desejam que sejamos. Diante da Morte, tudo se torna repentinamente puro. Não há lugar pra mentiras. E a gente se defronta então, com a Verdade, aquilo que realmente importa. Para ter acesso a nossa verdade, para ouvir de novo a voz do desejo mais profundo, é preciso tornar-se um discípulo da Morte. Pois ela nos dá lições de vida, se acolhemos como amiga. ” A morte é nossa eterna companheira” – dizia Don Juan, o bruxo. ” Ela se encontra sempre a nossa esquerda, ao alcance do braço. Ela nos olha sempre até o dia que nos toca. Como é possível alguém se sentir importante, sabendo que a Morte o comtempla? O que você deve fazer ao se sentir impaciente com alguma coisa, é voltar-se para sua esquerda e pedir que a sua Morte o aconselhe. Estamos cheios de lixo! É a Morte é a única conselheira que temos. Sempre que você sentir, como acontece sempre, que tudo está indo de mal a pior,e que você se encontra a ponto de aniquilado, volte-se para sua Morte e lhe pergunte se isso é verdade. Sua Morte lhe dirá que você está errado, que nada realmente importa, fora do seu toque. Ela lhe dirá “ainda não te toquei”. Alguém tem que mudar e depressa. Alguém tem que aprender que a Morte é caçadora e que ela se encontra a nossa esquerda. Alguém tem que pedir o conselho da Morte e abandonar a maldita mesquinharia que pertence aos homens que vivem as suas vidas como se a Morte nunca fosse bater no seu ombro.
Houve um tempo em que o nosso poder perante a morte era muito pequeno. E por isso os homens e mulheres dedicavam-se a ouvir a sua voz e podiam tornar-se sábios na arte de viver. Hoje, o nosso poder aumentou, a Morte foi definida como inimiga a ser derrotada, fomos possuídos pela fantasia onipotente de que nos livramos de seu toque. Com isso, nós nos tornamos surdos às lições que ela pode nos ensinar. E nos encontramos diante do perigo de que, quanto mais poderosos formos diante ela( inutilmente, porque só podemos adiar..)mais tolos nos tornamos na arte de viver. E, quando isso acontece, Morte que podia ser conselheira sábia, transforma-se em inimiga que nos devora por detrás. Acho que para recuperarmos um pouco a sabedoria de viver seria preciso que nos tornássemos discípulos e não inimigos da Morte. Mas para isso seria preciso abrir espaço em nossas vidas para ouvir a sua voz.Seria preciso que voltássemos a ouvir os poetas….

[Rubem Alves]


Lindo, né?
Encontrei um trecho desse texto no Tumblr e resolvi procurá-lo. Ver se o encontrava inteiro, e encontrei. Ainda bem que encontrei. O título do texto é "A morte como conselheira". Perfeito, não?

A morte é um assunto que atrai minha atenção e não é de hoje. E atrái minha atenção exatamente por me chamar pra vida toda vez que penso, leio e escuto sobre ela, a morte.  Acho que o texto diz tudo e não preciso ficar colocando mais palavras aqui. Não hoje.
Vale o registro.
Boa noite!


sábado, 9 de junho de 2012

"Me importo com você inteiro..."


"Nem sempre eu falo tudo que me deixa triste, fico escondendo as coisas pelos cantos, que nem roupa suja em sacola que vai para a lavanderia: a gente vai socando roupa até a sacola encher. Eu vou guardando as coisas até quase explodir. Mas tem uma coisa que sou incapaz de fazer: se eu sei que você está triste e/ou se sentindo frustrado, vou querer saber a causa. Me importo com a sua vida, com os seus sentimentos, com seu dia a dia, com seus sonhos. Me importo com você inteiro. Não consigo simplesmente fingir que não me importo ou adormecer assim, como se estivesse tudo bem, tudo ok, tudo certo, tudo na paz."

[Clarissa Corrêa]


Eu não consigo. Sou assim e não faz parte do meu jeito não se importar. Eu me importo. Sempre me importo.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

pensando mil coisas...

Agora estou no meu quarto, deitada na minha cama com o notebook no colo e pensando em mil coisas...
Primeiramente na dor que estou sentindo na região toráxica desde o último domingo. Pensando sobre ir ou não no médico pra ver isso. Pensando no post que comecei a escrever aqui sobre a viagem pra SP mas ainda não terminei. Sobre o quanto eu gosto de algumas pessoas e como elas me afetam. Pensando sobre a peça do livro "Tudo que eu queria te dizer" eu passou por Goiânia e eu perdi porque estava em SP justo no fim de semana que ela veio pra cá. Pensando sobre manter ou não contato com o Boy novamente. Pensando sobre estudar astrologia, estudar musica e ler mais sobre Gestalt-Terapia. E por falar nisso lembrei que devo começar a fazer terapia nessa próxima semana, que também é semana do meu aniversário. Aniversário que até agora eu não pensei em como comemorar, e se vai valer mesmo comemorar. Pensando de novo na dor, porque ela não ta me deixando pensar em outra coisa por muito tempo. Pensando nos livros que peguei emprestado e tenho que ler. Pensando que também tenho que ler um monte de textos da faculdade que até hoje nem olhei. Pensando em ouvir ou não Adele, porque (quase) toda música dela me lembra dele. Pensando que eu ando mais carente que o usual, e até onde (assumir) isso é bom. Pensando que eu queria ter aproveitado melhor meu feriado, mas que passar o dia todo em casa não foi ruim. Pensando nessa merda de pontada que eu sinto no peito toda vez que inspiro. E pensando também se essa dor toda não teria uma ligação com o emocional. Mas, se é pra ter fato emocional ligado, qual seria o fato? Porque eu ja estive bem mal e, na época, isso não refletiu tão forte assim. Pensando sobre uma das coisas que o tumblr do zodiaco disse sobre geminianos, de preferir ser inocente a tem que encarar uma triste/cruel verdade. Será mesmo? Pensando bem essa pergunta responde. Acredito em vários outros aspectos mas duvido desse. Isso é não querer ver. Outro fato. E por falar nisso lembrei da palestra que o Felipe Ormondi vai fazer aqui em Goiânia e que eu queria ir. E também que queria que ele interpretasse meu mapa astral. Mas acho que no fim das contas nada disso vai dar certo, porque vai custar dinheiro e a coisa que eu mais tenho agora, além de dor é dívida. Tenho que aprender a lidar com essa mania de gastar, principalmente com comida e coisas supérfulas, pelo menos enquanto eu estiver endividada como agora. Ah, estou individada também porquê comprei uma caixa nova pra bateria. Tinha perdido a minha numa mini-tour entre MG e DF. Eu queria estar com as duas caixas, acho que ia ficar massa meu set agora. Falando em Set, acho que no final do ano que vem da pra comprar uma bateria nova ou fazer uma viagem massa. To pensando nisso porque me inscrevi pra um programa de bolsa la no IFG, o PIBID. Quem diria que logo no primeiro semestre eu tentaria uma bolsa, quem diria. Ainda mais um PIBID. Essa merda dessa dor não para. Domingo passado me atrapalhou a dormir, segunda, terça e quarta deu uma amenizada, mas hoje voltou com força total e me atrapalha a dormir de novo. Enquando isso eu vou escrevendo um monte de coisa, que nessa altura ja não devem fazer nenhum sentido. Mas, foda-se. Quem disse que tem que fazer sentido pra mais alguém, afinal isso aqui é MEU diário, certo. Diário mal cuidado, com pouca frequência de escrita e atualização, mas não por isso é menos diário que qualquer outro. Pausa pra checagem no Facebook e Twitter. Play na música que tava sendo carregada no youtube: Let me out do Ben's Brother. Antes de abrir essa caixa de texto aqui eu tava lembrando dessa música e resolvi ouvir. E toda vez que eu inspirto sinto a pontada entre as costelas da esquerda. Todo esse tempo a dor só do lado esquerdo. É, tem um lado emocional nisso, certeza. Mas, cadê isso explicito aqui na minha frente? Cadê? Sento pra mudar de posição e ver se essa dor melhora uma pouco, mas não adianta muita coisa. Pesquiso a letra da música pra relembrar e ver se a letra faz algum sentido ainda hoje. Lembro que essa música me lembrava a Renata. Aliás lembrei bastante da Rê ao longo do dia hoje. Saudade dela! E a letra da música, pra mim, faz mais sentido do que nunca. Talvez eu deva encontrar com o Boy pra uma conversa séria, pontual, definitiva e esclarecedora. Lançar um "let me out or let me in" ta feito. Mas, até o momento chegar deixa eu aqui que to indo bem. As coisas nesse ano, nesse meu 21º ano, estão indo bem, principalmente na parte profissinal, como previa minha revolução solar. É meu ano capricorniano. E, por lembrar disso, quero ver a revolução desse próximo ano e também dar uma conferida nos horóscopo. Sol ja está em conjunção com o sol, ta na hora de fazer isso e ver o que me espera e posso esperar dos 22. Toda vez que digo e/ou lembro que to chegando nos 22 só me vem o trecho na mente" It's sad but is true how society says her life is already over". "Triste, mas é verdade." Tenho pensado nessa última frase com bastante frequência ultimamente. "Sad but true".

Para de pensar, para de pensar menina! Ta passado da hora de dormir e você já falou mais do que devia aqui. Vamos ver se dormindo a dor passa. Essa é a esperança. Porque ela existe: a esperança.

Boa noite pra quem fica, e até não sei quando!

P.S.: Vim editar esse texto só porque lembrei que hoje começei a assistir o seriado Touch e acho que isso merece registro. O seriado me lembrou muito Dele e foi isso que me fez querer manter contato com Ele de novo... We're all connected.

E vim editar de novo porque lembrei que, quando estava despedindo da Nath no aeroporto, eu pensei em escrever aqui naquele momento. Encontros e despedidas, esse o tema do texto. E pensei também que eu tenho tanto tema que já pensei em escrever aqui que fico com a sensação de sempre estar devendo algo, mesmo que ninguém veja esse blog e eu não tenha a mínima obrigação de postar aqui. Na hora que ela tava indo pro avisão cantei baixinho a música do Milton Nascimento cantada pela Maria Rita que foi abertura da novela Senhora do Destino na globo e que se chama Encontros e Despedidas: "Todos os dias é um vai e vem, a vida se repete na estação, tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais..."
Sem mais, boa noite!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

"é silêncio apenas"

É manhã? não sei: é silêncio apenas. Fecho os olhos. Somente a memória fala: porque é certo que as pessoas estão sempre crescendo e se modificando, mas estando próximas uma vai adequando seu crescimento e sua modificação ao crescimento e à modificação da outra; mas estando distantes, uma cresce e se modifica num sentido e outra noutro completamente diferente, distraídas que ficam da necessidade de continuarem as mesmas uma para a outra.


[Caio Fernando Abreu]


Vi esse trecho no Tumblr e achei que vale registrar aqui. Penso meio assim também.

domingo, 29 de abril de 2012

Família.

Relações familiares são sempre difíceis.

Minha irmã me mata de raiva e orgulho na mesma noite, na mesma conversa. É muita dualidade pra uma pessoa só. Eu vejo que ela pode melhorar em vários aspectos. Ela está 'errada' em várias coisas, mas também está 'certa' em várias outras. Conhecer mais um pouco da visão de mundo dela nessa noite foi muito bom pra mim. Me faz parar pra pensar um pouco mais na minha vida e nas minhas relações. E eu preciso pensar mais sobre isso.

Bom dia!

sábado, 28 de abril de 2012

Não hoje.

Eu queria passar mais um bom tempo pensando assim, conseguindo odiar ele, não querendo ver nem falar. Não querendo entender.
Mas eu sei que isso passa, amanhã ou depois. E quando passar eu vou querer saber da vida, entender tudo que aconteceu, vou querer estar com ele.

Mas não hoje. Só por hoje.

sábado, 21 de abril de 2012

Eu PRECISO de amigos.

Necessidade de conversar. É, eu tenho.
A Renatinha essa semana, aqui em casa na comemoração da passagem no vestibular (sim, passei no vestibular pra música, o resultado saiu essa semana) me monstrou um texto da Clarissa Corrêa que falava sobre isso e ela disse que é a minha cara. Até tenho que procurá-lo depois.
Mas porquê eu vim aqui escrever sobre isso? Pra variar eu hoje fiquei muito grilada com uma situação e queria muuito conversar. Meu jeito de resolver ou melhorar as coisas é conversando. Só assim, só me explicando, mostrando meu ponto de vista que eu também consigo me entender melhor. E haja conversa.
Mas, essas conversas nunca são simples, não costumam ser assuntos fáceis e eu não converso com 'qualquer um'. Tem assuntos que até da pra falar com um amigo novo, ou um não tão próximo, mas outros assuntos só com aqueles mais chegados mesmo.

Eu PRECISO de amigos. É. Necessidade mesmo. Não sei viver sozinha, não nasci pra isso. Preciso de amigos pra vários momentos, pras melhores e piores horas. Mas, preciso de amigos principalmente durante a madrugada. Porquê é nessa hora que todos os pensamentos vem, com força e é quando mais me da vontade de conversar. Queria tanto ter um amigo ou outro disponível pra conversas, principalmente durante a madrugada. É difícil, eu sei. Não é todo mundo que tem esse horário diferente que eu tenho. Ai já é pedir demais, né??

E eu acho que ja escrevi esse mesmo texto aqui outras vezes. Não exatamente esse, mas com esse mesmo conteúdo: a necessidade de conversar, a falta dos amigos, a indisponibilidade e os horários. É que sempre eu venho pra falar de algo mais direto. Mas começo a escrever, vou fazendo rodeios e não toco no assunto principal quase nunca. Tem coisas que não devem ser publicadas ou ditas, por mais que eu queria muuuito dizer. Mas, são coisas que não se referem somente a mim, envolve diretamente outras pessoas que, geralmente, eu tenho um carinho bem grande. Então melhor ficar só escrevendo outras coisas do que escrever algo e depois arrepender.

Lá em cima eu comentei que passei no vestibular, né? Pois é. Minha vida ta dando uma mudada. E eu nem vim falar disso aqui, registrar. Eu deveria. Mas, quem disse que a preguiça ou outros fatores deixam? Como já comentei aqui, eu só venho escrever quando to bem emocionada com algo, seja emoção boa ou ruim. O resultado do vestibular saiu a última quarta-feira, dia 18/04. Fiquei bem feliz por ter passado. Mandei mensagem pra boa parte dos meus contatos avisando, publiquei no twitter e no facebook. Vários amigos, familiares e conhecidos me parabenizaram. Eu fiz uma comemoração a noite aqui em casa só pros amigos mais chegados. Achei bom demais ter reunidos boa parte deles aqui. No dia eu até quis escrever, mas a comemoração terminou tarde, eu voltei pra casa umas 4 da manhã. Fiquei um tempinho no note vendo o facebook, as fotos da noite e logo fui dormir. E depois desse resultado eu ando bem humorada.

Hoje mesmo eu acordei bem. Bem mesmo. Mandando mensagem de bom dia pros amigos. Achei que nada ia me abalar. Consegui fazer minha matricula, tinha dois shows pra fazer essa noite (Fantoches Anônimos abrindo show da Cambriana em Anápolis), os amigos combinando de ir no show. Tudo massa. Tudo muito bem mesmo. Até eu ver uma cena que me decepcionou bastante. O suficiente pra me fazer chorar la na porta do Joana Dark (o bar dos shows). Não foi choro de cena, foi só pra mim. Acho que ninguém percebeu. Melhor assim. Só que eu não queria ficar desse jeito. Ir dormir pensando nisso tudo, nessa decepção, só vai piorar as coisas. Mas quem disse que eu do conta de parar de pensar?

E por falar nisso, ja que não dou conta de parar de pensar, vou parar de escrever e deitar pra ver se durmo logo e acordo num outro dia com um humor melhor.

Tomara! :)

Bom dia!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Mania de conversar

Eu e essa minha mania de conversar. Pra quê querer tanto assim conversar?

É só acontecer algo um pouco diferente e pronto, já bate aquela vontade de encontrar um amigo, ligar pra alguém ou, pelo menos, encontrar alguém online pra conversar. O problema é quando essa vontade bate a 1h da manhã de uma terça-feira, não da pra sair de casa e ir encontrar algum amigo, não da pra ligar porque não tenho crédito e nenhum dos bons amigos está online. Ai como faz? Como é que fica?
Não faz. Fica guardando pra você. Ta tão acostumada, né?

É sempre assim. Esses momentos onde a vontade de contar algo, de perguntar, de conversar aparece forte são sempre nas horas mais inapropriadas, nas horas onde todo mundo que eu quero ver está indisponível.

Então escrevo minhas lamentações e vou dormir.
Boa noite!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Namorada

Terça-feira nesse semestre ta sendo o dia mais difícil da semana. Fico na FEF das 13:30 as 20:30h.

Hoje durante a aula da noite o André, da turma da Ohana, do nada vira e fala "Ou, eu achava que você era namorada do Fulanim". Eu: "Fulanim?". Ele: "É. Da sua turma, que formou agora". Eu: "Ah, o fulano! Nem sabia que você chamava ele de Fulanim. Pois é, acho que tem mais gente que pensa ou pensava isso também. Mas ele tem namorada ja tem uns 3 anos." Ele: "Eu só fiquei sabendo quando conversei mais com ele. Ele me falou mesmo. Ele é gente boa, né?" Eu: "É demais!"

E enquanto conversava com o André ia vendo que as respostas que eu dava não eram as que eu queria dar. Queria dizer "Era pra ser namorada mesmo." ou "Eu sou namorada sim uai, ta sabendo não?". Achei legal ele ter falado isso. Por mais que eu imaginasse que tinha gente la na FEF que pense que eu e Ele fossemos namorados, não achava que isso durasse até hoje. E pelo visto dura. Quisera eu que fosse verdade.





E enquanto eu penso nisso ele está lá montando a mudança dele e dela na velha-nova casa, junto da namorada. Vida de casamento agora. E eu pensando que pudesse ser a namorada.

Larga disso Heloísa! Larga disso!

Mais do que nunca...


"I heard that you're settled down, that you found a girl and you're married now. I heard that your dreams came true, guess she gave you things, I didn't give to you. Old friend, why are you so shy? It ain't like you to hold back or hide from the light.
I hate to turn up out of the blue uninvited but I couldn't stay away, I couldn't fight it. I hoped you'd see my face and that you'd be reminded that for me, it isn't over"

quarta-feira, 28 de março de 2012

O dia de hoje

Hoje eu tive um dia bom. E bem diferente pra uma terça-feira.
Faculdade, aula de estágio, telefonemas pro boy e pra madrinha Paty, contatos da banda, conversas e mais conversas sobre as aulas chatas do semestre no PIBID, o encontro com ele, o lanche, a aula da noite e, por último, o show do Criolo com o encontro de vários amigos.
Muita coisa simples, mas que me fizeram bem nesse dia. A parte ruim é o resfriado que eu peguei e não me deixou 100% pra aproveitar esse dia. Mas, todo o resto foi muito bom.

E a melhor parte do dia foi sentir o abraço forte de novo, caminhar ao lado dele sob a chuva com o braço dele sobre meus ombros, dirigir com a mão dele na minha perna. Ver o sorriso dele de perto. Tanta intimidade.

Encontrá-lo me da uma sensação boa. Mas nem sempre é assim. Só é bom quando ele está sozinho. E podia ser sempre assim. Podia. Eu gostaria que fosse.

Sobre o show: eu gostei muito. O Criolo parece ser um cara massa. Gostei não só pelas músicas, letras e banda, mas também pela versatilidade dele cantando, a mistura de ritmos e principalmente pelo discurso dele. O que ele falava entre uma música e outra. Isso mostra um pouco da personalidade do artista, mostra no que ele acredita e o que ele divulga. E eu gostei do que vi dele. O cara merece respeito, e divulgação. Vale a pena ouvir.

Boa noite!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Pensando...

Ontem eu tava tão bem. Tava feliz mesmo. E hoje to meio pra baixo. Não entendo isso.

Eu tive um fim de semana tão massa! Toquei sábado e domingo com a Cambriana aqui em Goiânia, dois shows com resposta bem legal do público. Tive um reconhecimento musical massa, de um dos bam-bam-bans da produção cultural de goiânia. A Fantoches voltou a ensaiar e tiramos músicas novas, foi muito massa o ensaio. Eu vi a Lóris, a Rê e outros amigos nesse fim de semana. Enfim, tudo muito massa.

Aí eu chego na segunda e fico nessa reflexão sobre várias coisas e minha alegria vai embora. Tanta coisa passando na minha cabeça depois da conversa com a Paulinha. Fantoches, Cambriana, Sonho, Plano de vida, Conversas que devem acontecer (ou não). Tanta coisa passando pela minha cabeça que eu fiquei meio assim. Cansaço é a desculpa que eu dei quando meu pai perguntou pq eu tô tristinha hoje. Sim, eu também tô cansada, mas não é só isso.
Queria era não pensar, talvez fosse mais fácil. Mas como não tem jeito, o jeito agora é lidar com isso.


Até.

sexta-feira, 16 de março de 2012

10 anos

Hoje (entenda por 'hoje' o dia  15 de março) fez 10 anos que meu tio Amado morreu. Sim, Amado era o nome dele. E esse nome representa bem como ele era: Amado! Realmente amado por toda família, amigos, colegas de trabalho.

Sem dúvida ele foi meu melhor tio. Não, não tô falando isso porquê ele já morreu e todos meus outros tios continuam vivos (graças a Deus!). As pessoas tem mania de 'santificar' as outras quando estas morrem. Mas não é o caso. Digo isso agora, e dizia também antes desses 10 anos.

Esse meu tio, além de irmão, era o melhor amigo do meu pai. Por isso nossas famílias (meu tio, esposa e 3 filhos, meu pai, minha mãe eu e minha irmã) sempre estávamos juntos, fosse num fim de semana em Goiânia, em uma viagem pra fazenda, num churrasquinho na sexta a noite ou numa visita sem motivo aparente. Motivos pra reunir nunca faltaram. Mas digo que o tio Amado era meu melhor tio não só pela convivência maior que tinha com ele. Só quem conheceu pra saber a pessoa que ele era. Todo mundo que falava e ainda fala dele (pelo menos as pessoas que eu já ouvi) falam com muito carinho e respeito.

Quando ele morreu eu tinha apenas 11 anos então a relação que tinha com ele é a de uma criança com o tio/padrinho. E ele tentava sempre agradar os sobrinhos e afilhados de várias maneiras. Ele SEMPRE chegava nas festas de família com um saquinho cheio de doces; era balinha, pirulito, chocolate. E tinha pros primos todos (e olha que minha família é bem grande). Ele sabia como agradar. E essa é uma das lembranças mais fortes que tenho dele, a do 'tio da balinha' que chegava na F-1000 marron (carro que sempre foi o sinônimo dele).

Esse tio meu morreu por causa de um Câncer no Pulmão. Na época eu não entendia muito bem o que isso significava: um câncer. Sei que não tinha muito tempo que um caso de câncer tinha mobilizado a nação toda: o caso do Leandro, cantor da dupla Leandro & Leonardo. Eu lembro de ter chorado quando vi na TV a notícia da morte do Leandro. E eu só fui entender a gravidade da doença do meu tio quando ouvi comentários do meu pai com tios e amigos dizendo que o câncer do meu tio era do mesmo 'tipo' (não sei se tipo é a termologia correta) do câncer do Leandro.

A descoberta da doença foi tardia. Se não me engano fora uns 15 dias entre o diagnóstico do Câncer e a morte dele. Não sei ao certo se o intervalo de tempo foi esse, mas foi bem rápido. Antes de ter confirmado o diagnóstico de câncer ele tinha sido tratado de uma suposta pneumonia e tava com suspeita de Tuberculose também. Nesse pequeno intervalo de tempo meu pai ia todo dia na casa do meu tio, acompanha em médico e tudo mais. Apesar de tanto tempo passado, eu ainda tenho lembranças desses dias, principalmente do 15 de março de 2002.

Foi uma sexta-feira, era de manhã quando eu fiquei sabendo. Meu tio tinha sido internado na quinta-feira a noite, mas eu só fiquei sabendo da internação e do óbito dele na sexta, perto da hora do almoço. Eu estudava no SESI, fazia sexta série, e acabei saindo mais cedo da aula por causa disso. Fui almoçar na casa da minha tia Narzina (que mora perto da casa desse tio meu) e fiquei esperando meu pai por lá, ainda sem entender muito bem.

O caso da morte do meu tio foi o terceiro caso de morte próximo de mim. Antes dele eu já tinha perdido meu avô paterno e minha avó materna. Meu avô materno morreu quando eu ainda era bebê, então nem tenho lembranças dele, por isso conto só minha vó e meu outro vô. Por mais que eu não tivesse entendendo tudo muito bem (e só tenho essa percepção de que não entendia bem depois de uns anos passados) eu já entendia o significado da morte, o sentimento da perda, a tristeza das pessoas que ficavam, o cerimonial de um funeral, o luto e outros sentimentos que uma situação como essa trás. E eu só entendia essas coisas devido as outras experiências anteriores. E por entender um pouco disso eu fiquei preocupada com algumas pessoas, especialmente meu pai e meus primos, filhos desse tio, especialmente a filha do meio que sempre foi minha paixão. Eu sempre, desde que me entendo por gente, fui apaixonada na minha prima Hosana, uma das filhas dele. Os meus primos mais próximos talvez sejam os 3 filhos deles, mesmo com a diferença de idade (que varia de 6 a uns 10 anos aproximadamente).



E porquê que eu tô falando disso tudo até agora?
Vou explicar, mas a explicação também é longa.

Eu tinha marcado de tomar um sorvete hoje com a Hosana (que hoje em dia além de prima também é madrinha e afilhada). Tinhamos marcado esse sorvete pra hoje no último sábad,o na festinha de aniversário do sobrinho dela, o Júlio. E eu nem pensei que essa quinta em que a gente marcou era dia 15 de março e no significado que essa data tem, especialmente pra ela. Eu não tava lembrando disso tudo, nem mesmo hoje mais cedo. Só fui cair a ficha quando liguei pra ela pra tentar mudar o horário pré-marcado do sorvete. Quando liguei ela comentou que além de ir na sorveteria tinha que ir fazer uma visita a um amigo cujo a mãe está com câncer em estágio terminal, e disse que essa notícia mecheu com ela pela amizade, por conheçer a mãe desse amigo e também pela data de hoje. Quando ela falou que eu fui me tocar do 15 de março. E no início dessa semana eu ainda tinha lembrado que faria 10 anos sem meu tio, mas hoje nem tava lembrando. E nem tinha sacado que o 'dia do sorvete' também era o 'aniverário de morte' do pai dela. Triste isso de 'aniversário de morte', né? Acabou que adiamos, mais uma vez, a ida a sorveteria.

Meu tio faz falta pra mim (na verdade, pra mim, é mais saudade do que falta), agora imagina pro meu pai, pra Hosana, pra minha tia, pra Suzanne e pro Erivelto? E eu fico meio... como dizer? Não tem palavra certa pra definir. Não é tão forte quanto "preocupada" nem tão pesado quanto "triste", mas é algo nesse sentido. 'Triste' pelo fato em si e por saber da falta que ele faz não só pra mim, mas principalmente pra essas pessoas que gosto tanto. E 'preocupada' por não saber como estão os sentimentos dessas pessoas quanto a isso, especialmente hoje, e por não poder ajudar.

Nessas situações não há nada que possa ser feito. Nunca há.


E eu escrevi mais um monte e até agora não expliquei de fato o porque disso tudo, né?
É que essa história tende a se repetir. Infelizmente.

Há pouco mais de duas semanas, mais precisamente dia 28 de fevereiro, uma terça-feira a noite, meu pai chegou aqui em casa com um exame da minha vó constatando um Adenocarcinoma. Ele sabia que isso significava câncer e já ficou com aquela cara ruim, preocupado. Ligou pra um amigo médico, pra um sobrinho (meu primo) médico e confirmou mesmo que se trata de câncer. Minha (última) vó ta com Câncer. =/


Acho que só agora, pra quem ta lendo, esse texto todo faz sentido.

Não achei bom saber disso. É, eu sei, ninguém acha. Mas, ver a cara do meu pai com essa situação não foi nada bom. Mecheu mesmo comigo, com meu humor. E nos primeiros dias a situação continuou difícil.

Agora ta um pouco mais tranquilo. Pra minha vó, pelo menos aparentemente, parece que nada mudou. Ela me pareceu mais tranquila que meu pai e outros filhos em relação a doença. Pelo menos me pareceu assim nas vezes que a vi nesse intervalo de tempo.

 Minha relação com minha avó Aparecida (essa que continua viva e tá com câncer) não é uma relação-exemplo entre neta e vó. Pra quem já quis saber, sempre foi muito clara minha preferência pela minha vó Olívia; que faleceu depois de uns dias em coma devido a um traumatismo craniano sofrido num acidente de carro, também em março, mas no ano 2000. Mas, nesse últimos anos essa relação com minha vó tem melhorado. Alguns fatores contam nessa melhora como, por exemplo, meu amadurecimento e entendimento do 'jeitão' da minha vó; a convivência um pouco maior devido as inúmeras vezes que saí com ela pra ir bancos, hospitais, clínicas e coisas do tipo; e, talvez principalmente, minha percepção de que eu tenho que aproveitar o tempo que tenho com minha vó antes que seja 'tarde demais'. Isso antes mesmo de saber desse câncer.


Eu queria ter escrito sobre esse câncer da minha vó, e a reação do meu pai a esse fato antes. Não sei por qual motivo não escrevi. Mas acho que foi melhor assim, vir falar de tudo junto. Já comentei que só escrevo aqui quando estou muito emocionada, né? Então acho que foi melhor ter deixado pra escrever hoje, que aí já emociono tudo de uma vez só ao pensar nesse situação da minha vó Aparecida e nas lembranças do meu tio e da minha vó Olívia.



Agora é tirar lição disso tudo. Aproveitar ainda mais minha vó, dar apoio a ela, meu pai e meus tios; e esperar. Porque a hora de viver isso tudo de novo e ter mais uma data marcada pra vida inteira ta chegando.
Como comentei com um amigo (que não lembro agora qual foi), acho que esse 2012 vai ser o último ano com a presença de avós na minha vida, já que só me resta a vó Aparecida. Então tenho que aproveitar enquanto tenho, certo?

É assim que eu tô levando.

E que aconteça o que tiver que acontecer, quando tiver que acontecer. Aos poucos eu vou 'me preparando' pra quando esse dia chegar, mesmo sabendo que nunca estarei preparada o suficiente pra lidar com situações de morte assim.


Até mais!

sexta-feira, 2 de março de 2012

"‎Sentir falta é diferente de sentir saudade"

"‎Sentir falta é diferente de sentir saudade. A saudade bate, agonia, estremece. A falta congela, chora, entristece. A saudade é a certeza que a pessoa vai voltar. A falta, é o querer ter de volta, mas saber que não vai ter"

[Tati Bernardi]

 

Acabei de ler essa citação da Tati no Tumblr e lembrei do texto que escrevi aqui. Parece que não sou só eu que acredita na diferença da falta e da saudade. :)

Boa noite!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Indisponibilidade e Indisposição

Ta aí uma coisas que me irrita e muito. Principalmente nos meus relacionamentos, em qualquer tipo de relacionamento.

Não quero que ninguém esteja sempre disponível e disposto, isso é exagero. Todo mundo tem algo mais pra fazer na vida além de estar disponível pra um alguém independente de quem seja. Mas esse negócio de ligar, procurar, querer ver e a pessoa estar sempre ocupada me mata. Ah, mata!
Então eu falo "Quando você desocupar me liga. Pode dar um toque que te retorno", ou então falo "Quando tiver melhor me liga pra gente conversar então" e nada de ninguém ligar, retornar, mandar mensagem, recado. Nada. Nem sinal. Isso me mata. Mata de raiva, de desespero.
Fora quando eu ligo uma, duas, três, quatro, dez, cinquenta, um zilhão de vezes e não consigo encontrar a pessoa. Aí vai misturando a preocupação, a vontade de saber notícia e a irritação por não conseguir contato. Uma bagunça só! E quando eu ligo várias vezes num dia e não consigo, mando mensagem e não responde, ligo no outro dia e também não consigo notícia? Aí que fica ruim mesmo. E quando finalmente consigo contato as pessoas sempre tem um 'motivo bobo' pra não ter atendido e respondido nenhuma das vezes.

Ta bom, eu sei que todo mundo ta sujeito a estar numa situação difícil de atender o celular, de acabar a carga da bateria, de passar uns dias sem o computador, do telefone fixo estar cortado e várias outras possibilidades. Mas hoje em dia, quem não consegue um telefone emprestado por um pouquinho de tempo, quem não consegue mandar uma mensagem mesmo que seja da internet, ou conseguir usar um computador do amigo, vizinho, da faculdade. Enfim, maneiras de se comunicar hoje em dia não faltam. Não mesmo.

Por isso falo da indisposição também. Todo mundo tem seu tempo de estar indisponível, ocupado com alguma tarefa. Até aí ta normal. Mas além de ter parte do tempo ocupado, de estar indisponível, tem gente que fica (ou é) indisposto. Não tem a disposição em manter contato, em dar uma resposta. Porque, com a quantidade de meios que existem hoje, só mesmo indisposto pra não conversar com alguém, não ter notícias, não responder a um contato. Como disse o Fernando Anitelli "os dispostos se atraem". É preciso querer, estar disposto.


E essa de não responder me mata. Mata mesmo. Acaba comigo. É pouco, é coisa simples e que acontece quase todo dia.
E assim, dia-a-dia, vou morrendo.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Trilha Sonora

Música pra mim é, e sempre foi importante. Sempre, sempre mesmo eu lembro de alguma música. Pode ser porque a situação que eu vivo ou que me contam me lembre uma música, pode ser porque uma palavra ou uma frase dita me lembre uma música ou pode ser que eu esteja literalmente ouvindo música no celular, rádio, computador, show ao vivo. Só sei que em uns 90%, ou mais, do meu tempo acordada eu tenho música 'rolando na caixola'.
E devido a tamanha importancia da música na minha vida eu vim aqui pra deixar registrado umas músicas.

Ontem, o dia de grandes e boas surpresas, eu pensei em músicas que de certa maneira relatam algum momento do meu dia, ou dizem algo que eu queria, ou que simplesmente tocaram em momentos do meu dia ontem. E como o dia ontem foi muito bom, quero registrar essa 'trilha sonora da minha vida'. :)

Talvez as músicas completas nem façam tanto sentido, mas as vezes uma só frase justifica a lembrança da música e a listagem dela aqui.



Essas músicas, nessa ordem, se relacionam a maior surpresa do dia:

Pink - Whataya want for me



Sandy - Perdida e Salva


Pitty - Só agora


Adele - Take it all


John Mayer - Friends, Lovers or Nothing

Leona Lewis - Bleeding Love


E essas próximas tem a ver com o relato pra Rê sobre o dia. Eu já conhecia as músicas e gostava. E coincidentemente, elas tocaram no rádio enquanto a gente conversava. E fazem muito sentido.

Rihanna - California King Bed


Adele - Someone like you




Essa próxima música apareceu no meio da conversa com a Tátia, quando fui visitá-la. Estavamos comentando de filmes, músicas, trilhas e fui mostrar essa música que é trilha de  500 dias com ela pra ela. E quando ela ouviu as primeiras notas disse que adorava essa música, que já conhecia. Falamos de várias outras músicas, mas pelo gosto em comum escolho essa:

The Temper Trap - Sweet Disposition
 


E essas duas últimas músicas me lembram do Tiago. Fomos tomar açaí e na lanchonete em que fomos tocou King of Anything da Sara Bareiles. Comentei que gostava da música e isso acabou num longo papo sobre música. E no meio desse papo citei essa segunda música aí.

Sara Bareilles - King of Anything


Sara Bareilles - Love song



Até mais!

Surpresa. Surpresa!

Hoje (entenda por hoje dia 24 de fevereiro, sexta-feira) foi um dia de surpresas.
Surpresas de todos os tipos, mas especialmente, boas surpresas. Acredito que foi o dia onde mais me surpreendi na vida. Tudo que eu fiz ou aconteceu hoje foi inesperado. Absolutamente tudo.


Primeiramente a surpresa do Marcus me ligando nos primeiros minutos do dia, na madrugada de quinta pra sexta. Depois todo o desenvolvimento do assunto (que eu não vou comentar aqui). A ida a FEF e vizinhanças, a surpresa com a 'ajuda' com meu recurso na ufg. Depois a surpresa da resposta positiva do Tiago pro açai. A visita também surpresa e, pra variar, agradável a Tátia. O passeio inesperado pro açaí com o Tiago, e pra finalizar bem, a visita a Rê.

Eu queria falar melhor sobre tudo isso, mas não vai ser agora. Cheguei da Rê agorinha (3 da manhã) e tô num sono só. Dormi quase nada de ontem pra hoje. Então, só vim escrever pra deixar registrado. Se amanhã ou depois eu realmente quiser desenvolver algum desses assuntos eu venho e escrevo de novo.

Registro feito, então até a próxima 'querido diário'. :)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Voltei a escrever.

Voltei a escrever. É. E fiquei feliz com isso.

Começei escrevendo um recado de aniversário pra uma amiga no facebook, a Drih. E acabou virando uma carta. Na verdade um e-mail. Agora que terminei, quando li tudo que escrevi, me bateu um orgulho do texto, sabe? Acredito que tô conseguindo passar a mensagem que eu realmente quero. Tô me fazendo entender.

Deu até vontade de publicar. E, não. Não vou publicar. Pelo menos não agora.
O texto ta bem arquivado.



Mudando um pouco de assunto...
Uma coisa eu já sabia: eu só escrevo quando estou emocionada. Seja eufórica, triste, feliz, amando, preocupada. Enfim. Minha expressão, principalmente escrita, principalmente aqui, depende muito do que eu sinto.
E porque que eu tô falando disso?

No início desse mês, dia 9 de fevereiro, a Nath e a Rê vieram aqui em casa pra eu fazer a interpretação do Mapa Natal delas. A Nath tem o mesmo signo ascendente e lunar que o meu, e a Lua dela está exatamente no mesmo posicionamento que a minha, na cúspide da casa 4. Ao ler o mapa da Nath eu acabei vendo características do meu mapa também. Alguns dias depois parei pra pensar e vi que esse posicionamento da lua no meu mapa faz relação com esse fato da minha escrita depender tanto do meu emocional. Quando eu parei pra pensar e conferir no meu mapa isso fez todo sentido.

E cada vez mais a astrologia vai fazendo sentido. Continuo me encantando. 


Por hoje é só.
Até o próximo dia de fortes emoções!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"esta se transformando"

Também não ando muito animado. Mas voltei a escrever, ou pelo menos a mexer nas gavetas, nos papéis, nos fantasmas. Ando muito só, um tanto assustado, e com a esquisita sensação de que tudo acabou. Ou pelo menos está se transformando — e radicalmente — em outra coisa. E tão vago, não sei sequer dizer do que se trata.

[Caio Fernando Abreu]



É, ta sendo radicalmente. Esse ano, definitivamente, vai ser de mudanças na minha vida. E dessa vez não escapo. Só quero ver pra que lado a mudança vai acontecer.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Alguns escrevem...

Alguns escrevem pela arte, pela linguagem, pela literatura. Esses, sim, são os bons. Eu só escrevo para fazer afagos. E porque eu tinha de encontrar um jeito de alongar os braços. E estreitar distâncias. E encontrar os pássaros: há muitas distâncias em mim (e uma enorme timidez). Uns escrevem grandes obras. Eu só escrevo bilhetes para escondê-los, com todo cuidado, embaixo das portas.

[Rita Apoena]


Isso aí!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Viajar, viajar, viajar...

Sempre gostei de viajar. Sempre. E, por isso, toda vez que tenho oportunidade eu viajo.
Mas agora eu tô numa vontade tão grande de viajar sozinha, de sumir por um tempo. Isso não começou hoje, já vem de um bom tempo. Mas antes eu ficava só na vontade e nem pensava em viabilizar principalmente por conta da banda. Hoje não mais. No último semestre eu desencantei um pouco da banda e tô fazendo planos por mim mesma, sem depender de mais ninguém. E o primeiro plano é dar um jeito de morar fora daqui um tempo, de preferência no exterior.
Esses dias tava reparando na quantidade de gente que convive comigo, meus amigos mais próximos, que já tiveram experiencias de conviver com outras culturas ou experiências de independência que eu nunca vivi.

Nos dois últimos fins de semana acabei conversando sobre isso e expondo pra algumas pessoas essa vontade. Especialmente ontem, no aniversário da minha tia Cida, quando conversava com a Cris. Comentei com a Cris que eu quero ser igual ela, juntar uma grana e viajar o mundo. Vi umas fotos dela enquanto a gente conversava sobre as viagens que ela fez e pretende fazer. Isso só fez aumentar minha vontade.
Quando cheguei em casa fui ensaiar e depois vim pro computador e acabei fazendo uma pesquisa sobre algumas cidades e países. Pesquisei onde ficam umas cidades nos EUA e também dei uma estudada sobre a Suiça, mais especificamente Genebra, onde a Miin mora. Agora parece que em todo canto que eu olho, eu acho um elemento qualquer que me remete a fazer uma viagem.
Meu primeiro plano agora é matricular no curso de inglês (minha prima me deu uma bolsa pra estudar la na escola dela. :) e economizar dinheiro. Tenho que dar um jeito de abrir uma poupança pra guardar o dinheiro e também, de preferência, arrumar um emprego onde eu tenha uma renda fixa. Quero conseguir fazer essa viagem até Julho.
A Paty me disse que mês que vem ta indo pros EUA, e me chamou pra ir com ela. Pensa na vontade que eu fiquei! E recentemente soltaram uma notícia de que o visto dos EUA pra brasileiros foi facilitado. Então acho que essa é uma boa oportunidade. Agora começar a fazer o passaporte, juntar grana e ficar atenta a promoções de passagem. Que tudo dê certo e eu, ainda esse ano, consiga sair daqui. Amém!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"fly away, breakaway..."

Tanta coisa passando na minha cabeça nesses dias.
Um desânimo em plenas férias.
O plano de vida sendo desacreditado, mudado, editado.
Tantas pessoas entorno de mim que já tiveram a experiência que eu quero ter.
Tanta gente viajando e conhecendo um monte de lugares que quero conhecer.
Tanta coisa pra pensar, tanta coisa pra resolver.
E eu aqui pensando nisso tudo, de uma maneira calma, sem exageros, desespero, excessos ou coisas do tipo. Calmo até demais pro meu costume.

Tô vendo tantas fotos esses dias e ficando numa vontade cada vez maior de sumir daqui, de dar um jeito na minha vida. Mas dar esse jeito fora de Goiânia. Logo eu que gosto tanto dessa cidade, que tenho maior orgulho em falar que sou daqui.
Ironia, não?

Acho que posso dar muito mais de mim, e descobrir muito mais de mim, quando eu tiver por minha conta. E acho que a melhor maneira disso acontecer é eu ter que me virar em outro lugar, sem pai e mãe, sem casa, comida e roupa lavada. Ter aquela coisa de batalhar pra conquistar algo, até a própria comida. Talvez assim eu descubra pelo que vale a pena batalhar, e dê mais valor ao que eu tenho de maneira fácil.
Graças a Deus que me deu ótimos pais, eu até hoje não tenho o que reclamar no que diz respeito a apoio. Em tudo que eu quis, e meus pais podiam me ajudar, eu tive apoio. Não que eu esteja reclamando, longe disso, mas talvez se eu tivesse ralado mais na prática eu tivesse outro tipo de vida hoje.
Acabo 'sabendo' e falando sobre algumas coisa, mas de maneira hipotética, sem carga de experiência. Já tive alguns 'ralos', sim. Mas tudo de maneira bem mais psíquica e emocional do que prática mesmo. E, agora eu acho que é essa experiência, essa prática que ta me faltando.

Tô afim, muito afim, de ter que me virar. Por minha conta e risco, sozinha. Ver com eu sairia numa situação dessa. Ver realmente o que eu sou capaz de fazer.
Pensando bem agora, isso que eu disse soa como um teste, né. Talvez seja isso mesmo. Eu querendo, e querendo muito, me testar. Mas, pra ser da maneira que eu quero, não da pra ser aqui. E pra ser da maneira que eu quero, não vai dar pra ser agora. Preciso me preparar, juntar uma grana pra poder iniciar em um outro lugar.

Até lá quero ver o que que vira. Quero ver, principalmente, se não mudo de vontade e opinião amanhã ou depois, como de costume.



Sempre gostei dessa música, desde quando ouvi pela primeira vez, e hoje ela faz muito, mas muito mais sentido.


"Out of the darkness and into the sun
But I won't forget all the ones that I love
I gotta take a risk, take a chance
Make a change and breakaway
"


Boa noite!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"Eu gosto de ver as pessoas sendo"

— Por que é que você olha tão demoradamente cada pessoa?
Ela corou:
— Não sabia que você estava me observando. Não é por nada que olho: é que eu gosto de ver as pessoas sendo.


[Clarisse Lispector]




Eu realmente gosto de ver as pessoas sendo.
Boa noite Querido Diário!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Despedidas

Eu realmente descobri que gosto de despedidas. E acho que pode parecer meio triste ou sádico, mas não é, e vou explicar.

Nos últimos tempos ando tentando me encontrar, descobrir do que EU realmente gosto, e não do que eu gostaria de gostar, ou que gostariam que eu gostasse. E venho analisando isso, de pouco a pouco há um bom tempo. Hoje (10/01), pude realizar que gosto de despedidas. Aqui no blog, nessa barra a direita no Muito me interessa tem escrito Encontros, Desencontros, Reencontros. É, eu gosto disso mesmo. E pra isso acontecer, de uma maneira ou outra, é preciso que aconteça a despedida. ´

As despedidas não costumam ser vistas com bons olhos. Tem gente que não gosta e faz questão de evitar. Eu acho que despedidas são uma oportunidade de dizer algo que se quer, de desejar algo, enfim, são um último momento pra fazer algo que não foi feito antes. Ruim é quando a despedida é a última, quando não tem volta. Não vou negar que é ruim, em casos de morte principalmente. Mas ultimamente tenho aprendido a olhar de outra maneira a essas situações. Ao invés de lamentar e não gostar prefiro agradecer. Se estou despedindo de alguém é porque tive a oportunidade de conhecer essa pessoa, conviver com ela, fazer parte de alguma maneira da vida dela, e ela da minha. Ser parte da história de alguém é importante, e ter pessoas presentes na minha história também.
Se me despeço de alguém é porque esse alguém foi e continua sendo, de alguma maneira, importante pra mim. Então acho melhor agradecer por ter tido a oportunidade de conhecer, conviver, compartilhar histórias. momentos, risadas, e outras coisas. Vejo a despedida como uma parte do processo que, não necessariamente, é triste e nem a última.

As vezes só nesses momentos em que se tem certeza que não vamos ter o contato com algo ou alguém, pelo menos por um tempo, é que pensamos realmente no valor da coisa ou pessoa na nossa vida. São nesses momentos que criamos coragem pra falar o que queremos, coragem pra se deixar sentir e fazer parte do que realmente se quer. Por isso acho importante. Somente em momentos de despedidas que algumas coisas importantes acontecem.

Não é que eu prefira me despedir. Na verdade prefiro encontrar e cumprimentar do que que desencontrar ou despedir. Mas, como despedidas são inevitáveis, melhor encará-las dessa maneira e esperar pela próxima oportunidade de encontrar e despedir outra vez.

Até mesmo pequenas despedidas, cotidianas, eu acho importante e gosto de fazer. Faço questão de despedir de todos que conheço em qualquer situação, até mesmo em festas lotadas, ou lugares públicos. Essa de sair de fininho, à francesa, nunca foi meu tipo. A gente nunca sabe quando será a última chance de se despedir de alguém. Então, com as pessoas que tenho mais afeto, faço questão de despedir com abraço, palavras de carinho, desejos de boa vida (bom dia, boa tarde, boa noite, bom sono, boa viagem e coisas do tipo), um pedido pra se cuidar, beijo no rosto e também o desejo de ir em paz e com Deus (mesmo que alguns amigos não acreditem em Deus). E gosto de despedir na internet também. Acho importante pelo menos falar tchau ao terminar uma conversa com alguém. Pelo menos isso.

Porque nada nessa vida é fixo, nada é eterno. Todo mundo muda, todo o mundo muda. E no meio de tantas mudanças o mais natural é ter despedidas. Porque não existe mudança sem deixar algo ou alguém pra trás. E é preciso sempre seguir em frente e ACREDITAR. Acreditar que pode ser, que vai ser melhor, que vou ser melhor, que vamos ser melhores.

Triste e ruim não é despedir. Triste e ruim é não ter de quem despedir. É não ter vivido com pessoas, ou vividos momentos que não tenham valido a pena.
Eu vivi bons momentos com boas pessoas e fico feliz por tudo que já passei. E espero que venham mais encontros, desencontros, despedidas e, principalmente, reencontros. Porquê saudade aqui não falta.


"A hora do encontro é também despedida, a plataforma dessa estação é a vida..."



E nessas descobertas sobre mim mesma me vi metódica também. Bastante metódica. Mas isso é assunto pra um outro texto, em um outro dia.

Então, até mais querido diário. :)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Runaway

Ontem (que na verdade era madrugada de hoje) eu tava no Tumblr vendo as postagens como costumo fazer quando vi essa imagem:
Apenas vi a imagem, não rebloguei nem nada. Lembrei da música do Maroon 5, que já tinha postado ela um dia no tumblr, mas não lembrava a letra, o significado.


Hoje acordei cedo, bem cedo, as 07:36h pra ir me despedir da Iasmin. A primeira música que lembrei, antes ainda de chegar na casa dela foi Runaway do Maroon 5. Depois de acordar de verdade e me arrumar eu fui em direção a casa da Iasmin. O plano era arrumar um lugar la perto pra mandar revelar duas fotos que tirei com ela no último sábado aqui em casa (no churrasco e show da Fantoches que armei aqui, pra ela ver a gente tocando). Consegui fazer a revelação com tempo de vê-la. Eu tinha combinado dela me ligar cedo, pra me acordar e eu poder ir despedir. Quando ela me ligou eu ja tava saindo do Fujioka com as duas fotos reveladas e uma delas dentro de um porta-retrato que também comprei. Sai do Fujioka debaixo de chuva (que por sinal não para ja tem uns 2 dias aqui em Goiânia), fui até o carro e terminei de chegar la na casa da Miin.
Pra minha surpresa o Pedrim também estava lá. Quando cheguei ele tava com a máquina fotográfica na mão pra tirar foto da Min e da Laura. Cheguei, comprimentei todo mundo, entreguei o presente pra Miin, e ficamos conversando atoa um pouquinho. A Iasmin pegou 2 álbuns de fotos de quando ela era criança. Foi muito bom ver. Fotos antigas costumam ser divertidas, e as dela não são diferentes. Bom também ter 'descoberto' um pouquinho mais da história dela. Depois do momento memórias, tivemos que nos despedir. Ela tinha que ir pro aeroporto, fazer check-in as 10h, o vôo estava previsto pras 11:25. Meu pai, hoje de manhã pediu pra eu despedir da Miin la na casa dela, pra não ir no aeroporto porque o carro não tinha gasolina. Então, despedi dela ali mesmo no portão da casa dela, debaixo de chuva, com um abraço, um desejo de boa viagem e de que ela fique bem, em paz e com Deus. Depois ela abraçou o Pedrim e despediu dele, como amigos, e entrou no carro. Lá foi ela. Despedi de todos que estavam lá verbalmente e fui embora com o Pedrim. Até então eu tava vindo pra casa, mas queria muuito ir ao aeroporto. Assim que me despedi da Miin voltei a cantar Runaway, dessa vez cantei mesmo, não só mentalmente. Fui dirigindo, debaixo de chuva, em direção a casa do Pedrim. E no caminho tentando conversar com ele, saber no que ele tava pensando, como tava se sentindo, mas ele super calado. E enquanto tentava a conversa tava pensando em ir ou não ao aeroporto, lembrando do que meu pai me pediu, contando o dinheiro que ainda tinha na carteira. Cheguei a casa do Pedrim, deixei ele lá e resolvi ir ao aeroporto. Durante todo o caminho fui ouvindo Runaway no celular e pensando na situação toda, lembrando dos momentos que passei com a Miin dessa vez. Cheguei lá no aeroporto, dei uma volta pelo salão pra ver se encontrava ela fazendo check-in mas não achei nada. Fui em direção as lanchonetes e lá, de longe, vi a Adriana (mãe da Iasmin) que ficou surpresa ao me ver, ja que eu disse que não ia ao aeroporto. Ela perguntou pq eu fui, e falei que tava em dúvida porque não tinha gasolina o suficiente, mas pensei melhor e resolvi ir. Se fosse eu do outro lado gostaria que a Iasmin tivesse ido ao aeroporto, então fui la também. E outra, que eu não falei na hora, mas pensei, foi que eu não falei verbalmente pra Iasmin que eu a amo, e essa era a chance de fazer. Logo que falei com a 'tia' a Iasmin chegou (super linda e estilosa, pra variar) e também pareceu meio surpresa ao me ver de novo.
A Iasmin tava vestida com uma All Star preto, uma calça branca da Nike tipo moleton, daquelas que dançarinos geramente usam, e uma camisa branca com desenhos em vermelho. No braço esquerdo da blusa uma bandeira da Suiça, e no rumo do seio direito três corações em vermelho, cada uma uma letra dentro, que formavam 'FLI'. E aquele cabelo, lindo toda vida, amarrado tipo rabo de cavalo. Por cima ela colocou uma jaqueta de couro azul, a mesma que ela tava usando quando desembarcou aqui em gyn (e eu acho que fui a primeira pessoa que ela viu por lá no desembarque). Linda. A Iasmin é e estava linda.
A Miin foi conversar com a Laura enquanto elas lanchavam, e logo fomos pra sala de embarque. O momento de despedida chegando, cada vez mais perto. E nessa hora eu ja tinha esquecido que tinha ido pra falar, também, que a amo. Esperamos um pouquinho na sala de embarque, eu, a Iasmin, a Laura, a Adriana, o Mariano (Marido da Adriana, padastro da Iasmin), e uma tia dela que não sei o nome. A Iasmin e Laura sentaram um pouco. Eu fiquei em pé um pouco mais de longe observando. Eu vi a Miin dar uma suspirada, pegar o celular da Laura, digitar uma mensagem, enviar, apagar a mensagem na caixa de saida, coçar o nariz (pra cima como ela sempre faz) e devolver o celular pra Laura. Por um momento pensei que seria um mensagem pro Pedrim. Pode até ser, mas eu acho pouco provável, e não vou saber a resposta disso tão cedo (pra não dizer nunca). Checa o vôo, se ja ta fazendo embarque, separa passaporte, bilhete, mala de mão, mais uma blusa de frio, volta a ver o painel pra ver se está em embarcando e é chegada a hora. Quando ela começa a despedir eu fui beber água, sair um pouco do meio pra ficar por último e também pra não ver ela despedindo de todos e me emocionar demais. Quando voltei ela tava abraçando a Laura. Coisa linda de ver a amizade delas, sério mesmo. Até falei isso pra Laura depois que a Min embarcou. Depois da Laura foi a minha vez. Mais um abraço bem apertado nela. E durante o abraço agradeci pelos momentos, pedi desculpa por qualquer coisa (tipo meus pais fazendo mil perguntas aqui no sábado), desejei uma boa viagem, desejei que ela continue linda (ela riu quando eu falei isso :), que ela fique bem, bem de verdade, e que fosse com Deus. Nessa hora ja estamos chorando. Quando a gente desfez o abraço e se viu, ela deu uma limpada no olho, debaixo do óculos. As lágrimas já estavam borrando o lápis que ela passa sempre no olho. Depois disso ela foi pra fila embarcar, fila bem pequena. O Mariano foi mais perto pra falar algo com ela, e eu aproveitei e em seguida fiz o mesmo. Tinha esquecido de falar que a amo. Então, quando ela tinha acabado de entregar o passaporte eu a chamei, na primeira ela não olhou, chamei de novo e quando ela virou falei "só pra dizer que eu amo você, ta?" com os olhos cheios de lágrimas (igual agora quando to lembrando e escrevendo isso). Ela falou, mais mechendo a boca do que com voz, "eu também" enquanto acenava positivamente com a cabeça mechendo-a pra baixo e logo depois virando um pouquinho de lado e dando um sorriso. Ela foi fazer o embarque e eu voltei pra perto dos familiares dela. Assim que conferiram a papelada dela e ela ia sair da nossa vista ela virou pra gente, levantou a mão e acenou um tchau com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos. Acho que a Laura também viu. Acenei de volta com um tchau também.

E então pronto, despedi como devia. Dessa vez sem deixar passar. Tô orgulhosa de vc Heloísa! :)

Depois disso conversei um pouco com a 'tia' e a Laura. Na verdade ela (a Adriana) chamou a gente pra conversar, comentando da vida amorosa da Iasmin e fazendo comparação com a dela. Falando do Pedro e do Sacha, principalmente da Iasmin. Achei bom fazer parte desse momento, saber mais dessa história, estar incluida. Depois disso me despedi de todos que ainda estavam lá, coloquei o capuz da blusa de frio que eu tava vestindo (a do Gabriel meu primo) e fui pro carro. Quando tava passando pela área de estacionamento embarque-desembarque do aeroporto vi a Laura chorando ainda. A gente fica emocionado mesmo nessas situações. Eu também chorei um pouco no caminho. Inevitável. Voltando pra casa vim processando tudo dessa manhã. Os momentos simples que tive, o que foi dito, o que foi sentido, o que eu fiquei sabendo, enfim, tudo. Do meio pro final do caminho liguei meu celular novamente repetindo Runaway. Lembrava que o clipe dessa música é um cara surfando, mas com um tempo nublado, um céu cinza, assim como o de Goiânia. Achei bom ter lembrado dessa música, nesse momento me parecia coerente. A música também não é alegre, mas também não é melancólica, e isso deixava ainda mais coerente com o dia, com a situação de despedida, com o tempo chuvoso.
A música é essa:

No caminho fui sentindo um pequeno mal estar, como um início de dor de cabeça. Mas não foi nada de mais, não durou 15 minutos. Senti também uma diferença física no 'peito'. Não no peito mesmo, tava mais pro  rumo do diafragma, mais a baixo um pouco. Sim, é MUITO clichê dizer isso, mas essa situação toda me deu um mal estar nessa região.

Chegando em casa eu me distrai, pensei em outras coisas como o almoço que eu tinha que fazer. Acredito que essa distração dez a pseudo-dor-de-cabeça passar. Peguei o notebook, fui pra cozinha, abri uma aba com o youtube e coloquei Runaway pra tocar enquanto procurava a tradução da música. Quando li gostei ainda mais de, inconscientemente, ter escolhido essa música pra lembrar durante essa manhã e tarde inteira.

Imagem com o mar com plano de fundo, em tons de cinza; clipe com clima de chuva, em tons de cinza; o céu de Goiânia em tons de cinza, com chuva sem parar; e aquele momento de despedida. Tudo muito coerente e propício, principalmente a letra da música.
Coincidência?

Na madrugada

Eu fico tão bem na madrugada. De verdade mesmo. Tudo tão mais calmo, mais silencioso, mais fácil. O tempo fica melhor, as horas passam mais devagar, se tem mais tranquilidade para fazer qualquer coisa de madrugada. Qualquer coisa mesmo. Ler, dormir, cozinhar, ouvir música, escrever, conversar, caminhar, e qualquer outra coisa que consigo imaginar. Tudo fica melhor durante a madrugada
Cada vez mais acredito que quando o sol se põe, quando o mundo dorme, é que se deve estar acordada. Assim penso melhor, vivo melhor.

O problema de viver assim é me entenderem, me aceitarem. Mas quem disse que tõ precisando de aceitação?

"Quero ter menos preguiça..."

"A gente precisa se incomodar menos. Tem tanta coisa bonita pra gente viver, aprender. Me choco com as coisas que ainda não sei. Quero ler mais livros. Escutar mais músicas. Assistir mais filmes. Quero ter menos preguiça, sentar mais no chão, correr mais pelo parque. Sabe, essas coisas fazem com que eu me sinta livre. Acho ruim a gente ter que se aprisionar. Quero sair de noite, caminhar sem rumo, ficar olhando para o céu. Pode soar bobo, mas isso pra mim é tão importante."

[Clarissa Corrêa]


E é importante mesmo.

domingo, 8 de janeiro de 2012

O Início de 2012

É, tem bastante tempo que não escrevo. Aqui e nem em lugar nenhum. Ainda mais de férias. Dessa vez nem abri o blog pra ver de quando é a última postagem mas, com certeza, não foi esse ano.

Nesse tempo tanta coisa aconteceu, mas minha vida não mudou muito. Alguns amigos e parentes estão aqui em Gyn. A Iasmin chegou aqui no Brasil dia 24/12/11, fui recepcioná-la no aeroporto e tudo mais. Depois disso a vi umas duas vezes na casa dela (um churrasco que ela armou lá e o outro dia fui fazer uma visita durante a noite) e hoje ela veio aqui em casa. Essa semana também consegui ver a Neyre, que também estava em gyn. Veio pra cá comprar um carro, e tava das mais animadas com isso. Depois de dias procurando e fazendo test drive em vários carros ela resolveu levar um Nissan March.
Foi muito bom tê-las visto. E além delas essa semana, na quinta, fui passar a tarde la na casa da Tátia. Acho que não tinha falado da Tátia aqui no diário antes. Ela é uma boa nova amiga que conheci em 2011. Uma das melhores coisas do ano. Apesar do pouco tempo que temos de convivêncio ja tenho um carinho grande por ela. :)

Nessas férias tô aproveitando bem as oportunidades que tenho para ver e rever amigos. E espero continuar fazendo isso ao longo do restante de férias.

Ah, to precisando arrumar um emprego. De preferencia um bom emprego (no nível de mão de obra que tenho) que não tenha educação física relacionada. Preciso disso pra poder abrir mão de vez daquela faculdade. Esse ano, de uma vez por todas vou ter que fazer isso. Não vai dar mais. Preciso achar um jeito, um caminho, pra parar a faculdade sem muitas crises. Crise e falação eu sei que vai ter, mas não precisa ser demais.

Eu tinha que falar mais. Deixar registrado o fim de 2011, o natal em família com a organização da gente aqui de casa,  o reveillon tocando com a Madrinha Hosana em Aragoiânia, os planos pra 2012, a primeira discussão aqui em casa nesse ano, e outras coisas mais que não lembro agora. Mas vou deixar passar mais uma vez. Ja são quase 5 da manhã e se eu for falar de tudo isso não vou parar de escrever tão cedo. To querendo ir dormir já.

Então, o que eu vim escrever?? Vim falar do churrasco de hoje, que na verdade ja é ontem.
Organizei um churrasquim aqui em casa pra Fantoches fazer um show, uma pequena apresentação bem simples. Chamei uns amigos pelo facebook, coloquei os equipamentos do estúdio na garagem, meus pais me ajudaram com o churrasco e comidas, e a galera trouxe bebida. Esse foi o ambiente em que tocamos. Apresentação da banda foi bem simples, e intimista. O palco tava aberto também e a minha irmã e o Renato (Lacerda) tocaram o hit do momento, o Túlio cantou algumas músicas e depois a namorada dele tbm. Mais no finalzim eu (morrendo de vergonha) e a Nath (da Laje) na compania da Gorda e da Rê cantamos 'Someone Like You' da Adele. O Pedrim fez um 'show particular' tocando aquelas músicas que todo mundo critica mas no fundo, beeeeeeeeem no fundo, todo mundo gosta e sabe cantar. Foi divertido.
Achei muito bom a Iasmin ter vindo. Eu fiquei meio sem graça de não poder ter dado a atenção e o tempo que eu queria pra ela e pra todos os outros amigos presentes já que eu tava tocando. Legal foi que, mais no final quando ja tinha terminado de tocar, deu tempo pra conversar com ela um pouco. Conhecê-la mais.
É diferente, bem diferente o jeito que a minha amizade com ela começou. A gente se conhecia quando ela vivia aqui no Brasil devido ao namoro que ela tinha com o Pedrim, mas a gente passou a conversar mais e ficar amiga meeesmo depois que ela viajou. Lembro de quando ela tava lá sem estudar ainda e passava mais tempo na internet, a gente conversava por um tempão no msn e trocava bastante idéia. O tempo que a gente tem pra conversar aqui é pouco, ela ja vai embora no início dessa próxima semana, amanhã se não me engano. Então, nesses poucos momentos que tenho tento aproveitar o máximo. Ainda mais porque ela mal ta entrando na internet de lá. Correria que só a vida dessa menina. Mulher aliás. Uma linda mulher. :)

Enfim, pra quem não queria escrever muito ja conversei demais aqui. Bom ter deixado registrado. E que eu tenha mais corragem e tempo na madrugada pra manter o diário atualizado em 2012.

E que esse ano seja bom, melhor que 2011 pelo menos.
Até a próxoma!