quarta-feira, 28 de março de 2012

O dia de hoje

Hoje eu tive um dia bom. E bem diferente pra uma terça-feira.
Faculdade, aula de estágio, telefonemas pro boy e pra madrinha Paty, contatos da banda, conversas e mais conversas sobre as aulas chatas do semestre no PIBID, o encontro com ele, o lanche, a aula da noite e, por último, o show do Criolo com o encontro de vários amigos.
Muita coisa simples, mas que me fizeram bem nesse dia. A parte ruim é o resfriado que eu peguei e não me deixou 100% pra aproveitar esse dia. Mas, todo o resto foi muito bom.

E a melhor parte do dia foi sentir o abraço forte de novo, caminhar ao lado dele sob a chuva com o braço dele sobre meus ombros, dirigir com a mão dele na minha perna. Ver o sorriso dele de perto. Tanta intimidade.

Encontrá-lo me da uma sensação boa. Mas nem sempre é assim. Só é bom quando ele está sozinho. E podia ser sempre assim. Podia. Eu gostaria que fosse.

Sobre o show: eu gostei muito. O Criolo parece ser um cara massa. Gostei não só pelas músicas, letras e banda, mas também pela versatilidade dele cantando, a mistura de ritmos e principalmente pelo discurso dele. O que ele falava entre uma música e outra. Isso mostra um pouco da personalidade do artista, mostra no que ele acredita e o que ele divulga. E eu gostei do que vi dele. O cara merece respeito, e divulgação. Vale a pena ouvir.

Boa noite!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Pensando...

Ontem eu tava tão bem. Tava feliz mesmo. E hoje to meio pra baixo. Não entendo isso.

Eu tive um fim de semana tão massa! Toquei sábado e domingo com a Cambriana aqui em Goiânia, dois shows com resposta bem legal do público. Tive um reconhecimento musical massa, de um dos bam-bam-bans da produção cultural de goiânia. A Fantoches voltou a ensaiar e tiramos músicas novas, foi muito massa o ensaio. Eu vi a Lóris, a Rê e outros amigos nesse fim de semana. Enfim, tudo muito massa.

Aí eu chego na segunda e fico nessa reflexão sobre várias coisas e minha alegria vai embora. Tanta coisa passando na minha cabeça depois da conversa com a Paulinha. Fantoches, Cambriana, Sonho, Plano de vida, Conversas que devem acontecer (ou não). Tanta coisa passando pela minha cabeça que eu fiquei meio assim. Cansaço é a desculpa que eu dei quando meu pai perguntou pq eu tô tristinha hoje. Sim, eu também tô cansada, mas não é só isso.
Queria era não pensar, talvez fosse mais fácil. Mas como não tem jeito, o jeito agora é lidar com isso.


Até.

sexta-feira, 16 de março de 2012

10 anos

Hoje (entenda por 'hoje' o dia  15 de março) fez 10 anos que meu tio Amado morreu. Sim, Amado era o nome dele. E esse nome representa bem como ele era: Amado! Realmente amado por toda família, amigos, colegas de trabalho.

Sem dúvida ele foi meu melhor tio. Não, não tô falando isso porquê ele já morreu e todos meus outros tios continuam vivos (graças a Deus!). As pessoas tem mania de 'santificar' as outras quando estas morrem. Mas não é o caso. Digo isso agora, e dizia também antes desses 10 anos.

Esse meu tio, além de irmão, era o melhor amigo do meu pai. Por isso nossas famílias (meu tio, esposa e 3 filhos, meu pai, minha mãe eu e minha irmã) sempre estávamos juntos, fosse num fim de semana em Goiânia, em uma viagem pra fazenda, num churrasquinho na sexta a noite ou numa visita sem motivo aparente. Motivos pra reunir nunca faltaram. Mas digo que o tio Amado era meu melhor tio não só pela convivência maior que tinha com ele. Só quem conheceu pra saber a pessoa que ele era. Todo mundo que falava e ainda fala dele (pelo menos as pessoas que eu já ouvi) falam com muito carinho e respeito.

Quando ele morreu eu tinha apenas 11 anos então a relação que tinha com ele é a de uma criança com o tio/padrinho. E ele tentava sempre agradar os sobrinhos e afilhados de várias maneiras. Ele SEMPRE chegava nas festas de família com um saquinho cheio de doces; era balinha, pirulito, chocolate. E tinha pros primos todos (e olha que minha família é bem grande). Ele sabia como agradar. E essa é uma das lembranças mais fortes que tenho dele, a do 'tio da balinha' que chegava na F-1000 marron (carro que sempre foi o sinônimo dele).

Esse tio meu morreu por causa de um Câncer no Pulmão. Na época eu não entendia muito bem o que isso significava: um câncer. Sei que não tinha muito tempo que um caso de câncer tinha mobilizado a nação toda: o caso do Leandro, cantor da dupla Leandro & Leonardo. Eu lembro de ter chorado quando vi na TV a notícia da morte do Leandro. E eu só fui entender a gravidade da doença do meu tio quando ouvi comentários do meu pai com tios e amigos dizendo que o câncer do meu tio era do mesmo 'tipo' (não sei se tipo é a termologia correta) do câncer do Leandro.

A descoberta da doença foi tardia. Se não me engano fora uns 15 dias entre o diagnóstico do Câncer e a morte dele. Não sei ao certo se o intervalo de tempo foi esse, mas foi bem rápido. Antes de ter confirmado o diagnóstico de câncer ele tinha sido tratado de uma suposta pneumonia e tava com suspeita de Tuberculose também. Nesse pequeno intervalo de tempo meu pai ia todo dia na casa do meu tio, acompanha em médico e tudo mais. Apesar de tanto tempo passado, eu ainda tenho lembranças desses dias, principalmente do 15 de março de 2002.

Foi uma sexta-feira, era de manhã quando eu fiquei sabendo. Meu tio tinha sido internado na quinta-feira a noite, mas eu só fiquei sabendo da internação e do óbito dele na sexta, perto da hora do almoço. Eu estudava no SESI, fazia sexta série, e acabei saindo mais cedo da aula por causa disso. Fui almoçar na casa da minha tia Narzina (que mora perto da casa desse tio meu) e fiquei esperando meu pai por lá, ainda sem entender muito bem.

O caso da morte do meu tio foi o terceiro caso de morte próximo de mim. Antes dele eu já tinha perdido meu avô paterno e minha avó materna. Meu avô materno morreu quando eu ainda era bebê, então nem tenho lembranças dele, por isso conto só minha vó e meu outro vô. Por mais que eu não tivesse entendendo tudo muito bem (e só tenho essa percepção de que não entendia bem depois de uns anos passados) eu já entendia o significado da morte, o sentimento da perda, a tristeza das pessoas que ficavam, o cerimonial de um funeral, o luto e outros sentimentos que uma situação como essa trás. E eu só entendia essas coisas devido as outras experiências anteriores. E por entender um pouco disso eu fiquei preocupada com algumas pessoas, especialmente meu pai e meus primos, filhos desse tio, especialmente a filha do meio que sempre foi minha paixão. Eu sempre, desde que me entendo por gente, fui apaixonada na minha prima Hosana, uma das filhas dele. Os meus primos mais próximos talvez sejam os 3 filhos deles, mesmo com a diferença de idade (que varia de 6 a uns 10 anos aproximadamente).



E porquê que eu tô falando disso tudo até agora?
Vou explicar, mas a explicação também é longa.

Eu tinha marcado de tomar um sorvete hoje com a Hosana (que hoje em dia além de prima também é madrinha e afilhada). Tinhamos marcado esse sorvete pra hoje no último sábad,o na festinha de aniversário do sobrinho dela, o Júlio. E eu nem pensei que essa quinta em que a gente marcou era dia 15 de março e no significado que essa data tem, especialmente pra ela. Eu não tava lembrando disso tudo, nem mesmo hoje mais cedo. Só fui cair a ficha quando liguei pra ela pra tentar mudar o horário pré-marcado do sorvete. Quando liguei ela comentou que além de ir na sorveteria tinha que ir fazer uma visita a um amigo cujo a mãe está com câncer em estágio terminal, e disse que essa notícia mecheu com ela pela amizade, por conheçer a mãe desse amigo e também pela data de hoje. Quando ela falou que eu fui me tocar do 15 de março. E no início dessa semana eu ainda tinha lembrado que faria 10 anos sem meu tio, mas hoje nem tava lembrando. E nem tinha sacado que o 'dia do sorvete' também era o 'aniverário de morte' do pai dela. Triste isso de 'aniversário de morte', né? Acabou que adiamos, mais uma vez, a ida a sorveteria.

Meu tio faz falta pra mim (na verdade, pra mim, é mais saudade do que falta), agora imagina pro meu pai, pra Hosana, pra minha tia, pra Suzanne e pro Erivelto? E eu fico meio... como dizer? Não tem palavra certa pra definir. Não é tão forte quanto "preocupada" nem tão pesado quanto "triste", mas é algo nesse sentido. 'Triste' pelo fato em si e por saber da falta que ele faz não só pra mim, mas principalmente pra essas pessoas que gosto tanto. E 'preocupada' por não saber como estão os sentimentos dessas pessoas quanto a isso, especialmente hoje, e por não poder ajudar.

Nessas situações não há nada que possa ser feito. Nunca há.


E eu escrevi mais um monte e até agora não expliquei de fato o porque disso tudo, né?
É que essa história tende a se repetir. Infelizmente.

Há pouco mais de duas semanas, mais precisamente dia 28 de fevereiro, uma terça-feira a noite, meu pai chegou aqui em casa com um exame da minha vó constatando um Adenocarcinoma. Ele sabia que isso significava câncer e já ficou com aquela cara ruim, preocupado. Ligou pra um amigo médico, pra um sobrinho (meu primo) médico e confirmou mesmo que se trata de câncer. Minha (última) vó ta com Câncer. =/


Acho que só agora, pra quem ta lendo, esse texto todo faz sentido.

Não achei bom saber disso. É, eu sei, ninguém acha. Mas, ver a cara do meu pai com essa situação não foi nada bom. Mecheu mesmo comigo, com meu humor. E nos primeiros dias a situação continuou difícil.

Agora ta um pouco mais tranquilo. Pra minha vó, pelo menos aparentemente, parece que nada mudou. Ela me pareceu mais tranquila que meu pai e outros filhos em relação a doença. Pelo menos me pareceu assim nas vezes que a vi nesse intervalo de tempo.

 Minha relação com minha avó Aparecida (essa que continua viva e tá com câncer) não é uma relação-exemplo entre neta e vó. Pra quem já quis saber, sempre foi muito clara minha preferência pela minha vó Olívia; que faleceu depois de uns dias em coma devido a um traumatismo craniano sofrido num acidente de carro, também em março, mas no ano 2000. Mas, nesse últimos anos essa relação com minha vó tem melhorado. Alguns fatores contam nessa melhora como, por exemplo, meu amadurecimento e entendimento do 'jeitão' da minha vó; a convivência um pouco maior devido as inúmeras vezes que saí com ela pra ir bancos, hospitais, clínicas e coisas do tipo; e, talvez principalmente, minha percepção de que eu tenho que aproveitar o tempo que tenho com minha vó antes que seja 'tarde demais'. Isso antes mesmo de saber desse câncer.


Eu queria ter escrito sobre esse câncer da minha vó, e a reação do meu pai a esse fato antes. Não sei por qual motivo não escrevi. Mas acho que foi melhor assim, vir falar de tudo junto. Já comentei que só escrevo aqui quando estou muito emocionada, né? Então acho que foi melhor ter deixado pra escrever hoje, que aí já emociono tudo de uma vez só ao pensar nesse situação da minha vó Aparecida e nas lembranças do meu tio e da minha vó Olívia.



Agora é tirar lição disso tudo. Aproveitar ainda mais minha vó, dar apoio a ela, meu pai e meus tios; e esperar. Porque a hora de viver isso tudo de novo e ter mais uma data marcada pra vida inteira ta chegando.
Como comentei com um amigo (que não lembro agora qual foi), acho que esse 2012 vai ser o último ano com a presença de avós na minha vida, já que só me resta a vó Aparecida. Então tenho que aproveitar enquanto tenho, certo?

É assim que eu tô levando.

E que aconteça o que tiver que acontecer, quando tiver que acontecer. Aos poucos eu vou 'me preparando' pra quando esse dia chegar, mesmo sabendo que nunca estarei preparada o suficiente pra lidar com situações de morte assim.


Até mais!

sexta-feira, 2 de março de 2012

"‎Sentir falta é diferente de sentir saudade"

"‎Sentir falta é diferente de sentir saudade. A saudade bate, agonia, estremece. A falta congela, chora, entristece. A saudade é a certeza que a pessoa vai voltar. A falta, é o querer ter de volta, mas saber que não vai ter"

[Tati Bernardi]

 

Acabei de ler essa citação da Tati no Tumblr e lembrei do texto que escrevi aqui. Parece que não sou só eu que acredita na diferença da falta e da saudade. :)

Boa noite!