sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Mesmo que acabe, com ela aonde quer que esteja..."

Era mais ou menos 15:15 numa tarde de sábado. Eu estava em casa, mais precisamente dentro do estúdio, junto de mais nove pessoas ensaiando pra um show que aconteceria no dia seguinte. A música que tava sendo passada era ruim, um forró de refrão daqueles que gruda na cabeça e você fica cantando o resto do dia... "Vô não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não, eu vou não, quero não".
Tava tudo normal até então, muito normal. Até que alguém abre a porta do estúdio. Se meus pais tivessem em casa, poderia ser um deles. Imaginei que fosse um amigo desses que costumam frequentar minha casa, tipo o Dan, o Pedrim, a Renatinha ou outro, mas não. Pra minha surpresa quem abriu a porta do estúdio foi o Pablo. Sim, o Pablo.

O Pablo é um amigo. Mesmo que sumido, ainda é um amigo, e muito querido. Demorei uns segundinhos pra reconhecê-lo e pra acreditar que era ele. Como tava no meio da música continuei tocando. Ele sinalizou alguma coisa, que não entendi na hora, mas era do tipo 'vou ta aqui fora, ok?'. Terminei de tocar a música, pedi licença pra galera que tava no estúdio e sai. Olhei na biblioteca e nada dele, até achei que tinha ido embora, mas quando fui pra área o vi, encostado numa das pilastras da garagem, a do meio.
Ele tava diferente. Camisa, calça e sapato social, mais gordo. O olhar dele também já não é o mesmo que me lembrava. Ele parece menos esperançoso, mais adulto.

A gente conversou. Aquele papo que sempre acontece quando re-encontramos algum amigo... 'Como você tá? Anda fazendo o quê da vida? Casou? Ta trabalhando com o quê? E a faculdade? Tem visto o povo daquela época?', novos planos, essas coisas.
Uma das primeiras coisas que ele me disse durante essa conversa foi que eu tava diferente. Ele já tinha visitado o Pedrim, o Dan e a Ju. Disse que o Pedro e o Dan são os mesmos, mas eu e a Ju estamos diferentes. Perguntei "diferente como" e ele não respondeu. Depois insisti na pergunta e ele falou que pra começar eu estou mais magra. Bem mais magra. E ele ficou só no começo mesmo. Não falou mais nada sobre a minha diferença. Eu disse que ele ta fazendo um 'resgate' dos amigos, visitando todos assim, repentinamente. E também falei "Sua cara mesmo fazer isso!". Ele: "É. Eu precisava saber como tudo terminou."

Ele ficou aqui por pouco tempo. Deve ter sido uns 15 minutos, no máximo. Meu ensaio tava parado, ele disse que tinha outro compromisso. Visita rápida, surpresa, e que me alegrou na mesma quantidade que me deixou nostálgica e pensativa. Na despedida rolou um "Nossa! Muito bom te ver de novo!" e um abraço. Abraço 'meia boca' da parte dele diga-se de passagem. Abraço pela metade, só com um braço, sabe? Não gosto disso. Definitivamente ele também está diferente.

Logo ele foi pro carro dele, acho que era um focus preto, que tava bem na porta aqui de casa.
No fim da visita, quando ele já tava no carro se arrumando pra ir embora,eu perguntei se ele tinha o CD da Fantoches e ele disse que não. Eu falei que iria dar um CD pra ele. Corri lá no quarto, no caminho ainda não tava acreditando que tudo isso tava acontecendo, peguei o CD e voltei ao portão. Entreguei pra ele que logo abriu e colocou o CD no som do carro. Antes do CD começar a rodar fiz uma pergunta a ele: "Pelo pouco tempo que você viu, esse 'diferente' que vc percebeu, é um diferente bom ou ruim?". E ele: "Não sei Helo, não deu tempo de saber." Deu partida, engatou a ré, começou a sair e eu disse: "A gente sempre fica com conversas assim, né? Nunca termina." e ele, enquanto ele ia embora, respondeu: "nunca termina, nunca vai terminar." e pronto. Foi isso.

Achei bem 'a nossa cara' essa 'cena final'. Tanto minha quanto dele. Eu perguntando e ele com essas respostas um tanto filosóficas.

Assim foi, assim é e assim será...



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sentir

As vezes, tipo agora, eu queria sentir mais unilateral. Sentir só de um jeito, e não de dois ou mais ao mesmo tempo. Sentir sem pensar. Sem pensar no outro lado, no que o outro sente, no que pode ser. Só sentir. Seja qual foi o sentimento. Que seja dor, que seja ódio, que seja amor, mas que seja de uma maneira só.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sonho

É muito difícil ter registro de post meu durante a manhã, mas dessa vez preciso escrever.

Tive um sonho bastante estranho essa manhã. Na verdade foi quase um pesadelo.
Tinha muita gente que eu conhecia no sonho e não foi aquele tipo de sonho psicodélico, que não parece real. Pelo contrário, toda a sequência de imagens fazia muito sentido.
A única coisa diferente era o espaço onde acontecia, não era nenhum lugar que eu reconheço. Parecia aquelas escolas americanas, que a gente vê em filmes, com prédios longos, longos corredores, armários e tals.

O sonho foi quase um pesadelo porque nele meu pai morreu. A última imagem que eu lembro do sonho é minha mãe chegando nessa 'escola' dizendo que tinham telefonado pra ela falando que meu pai tava mal, e eu disse, chorando, que ele tinha morrido. Que eu já tinha visto meu pai morto em uma cena anterior desse sonho. Ai, minha mãe dizia que tava sofrendo muito e a gente chorava. Então eu acordei.

Lembro de outros flashs desse sonho. Se não me engano tinham outros 'personagens' também. Eu, meu pai, minha mãe, minha irmã, a Rê e acho que tinham outros amigos também, agora só não me lembro quais deles.

Assim que terminou o sonho eu acordei, e acordei de verdade. Dei uma olhada no relógio do celular e não eram nem 8 da manhã ainda. Tá entendendo a gravidade da coisa? Acordei antes das 8h da manhã! Fiquei pensando no sonho um pouco, tentando memorizar umas imagens, e depois acabei voltando a dormir. Quando acordei, as 11h, já não lembrava muito bem do sonho, por isso vim registrar logo, antes que esqueça tudo de uma vez.

Esse sonho tinha toda uma história antes. Eu vi meu pai nos últimos instantes de vida dele (no sonho) de longe, escondida, enquanto ele bancava o 'herói' batendo e matando num povo la, até que ele morre. Sabe aquelas cenas de filme de ação, onde o mocinho chega matando geral, e no fim quase morre? Pois é, no meu sonho meu pai fazia isso, mas chegou a morrer no fim.
Foi tenso!

Nessa hora que eu queria ainda mais fazer terapia, psicanálise. Sonhos são um dos elementos mais importantes na psicanálise. É uma das maneiras de manifestação do inconsciente.

Queria entender esse sonho!



Fico por aqui hoje. Até mais!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Nada pra fazer então vou escrever...

Madrugada e eu aqui escrevendo.

Ando pensando e repensando muita coisa na minha vida. Trabalho, estudos, amizades, romances, tudo. Queria falar ou escrever sobre isso tudo que ando pensando, mas ta difícil ultimamente. Não falo da minha vida assim com qualquer pessoa, e as pessoas com quem tenho abertura pra falar disso tudo não andam muito disponíveis pra mim ultimemente. =\
Já pensei no caso de procurar e confiar em outras pessoas, mas não dá. Não é simples assim. Pelo menos não comigo.
Escrever então seria a saida mais óbvia. Mas também me bloqueio sobre vários assuntos aqui. Por mais que eu, na maioria das vezes, pense que esse blog é 'particular', eu descobri recentemente que não. Tenho leitores aqui, e não quero que qualquer pessoa com acesso a internet e um pouco de curiosidade sobre a minha vida tenha acesso as informações que eu escreveria. Então, enquanto meus amigos não encontram tempo e eu não encontro coragem de escrever, vou guardando tudo em pensamento, tentando encontrar o caminho comigo mesma.

Hoje vim escrever sem nenhum motivo especial. Resolvi blogar porque é madrugada, eu tô sem sono e tive vontade de escrever nessa semana. Era pra eu ter escrito algo na última quinta-feira. Tive um dia muito agradável na quinta e queria ter deixado registrado aqui. Mas, acabei não ficando o bastante na internet pra ter como postar.

Meu Deus, como sou 'sentimental'! As vezes me pego chorando tão fácil!
Foi só ler um bilhete escrito por uma amiga há um ano e pronto. Já era.

Voltando a quinta-feira... revi vários amigos na 5ª. Fui ao shopping com a Renatinha, depois lanchei com ela, a levei na faculdade, fui ao sesi, revi a Lóris e a Marina, o Pedrim, o Marcos preto e o SESI. Gosto demais daquele lugar! Passei tanto tempo da minha vida lá que cada cantinho me trás alguma lembrança.
Depois do SESI fui levar o Pedrim em casa e aproveitei pra fazer uma visita. Revi a Paulinha e a tia Keila. Depois rolou reunião da Vitrola e eu vi pela primeira vez no ano o Túlio e o André. Recebi uns dinheiros, resolvemos o futuro da banda (o André resolveu sair porque tem que estudar pra prestar concurso) e ainda tomei um açai.
Foi isso minha quinta-feira. Aparentemente nada de mais, mas me fez um bem danado tudo isso.

E agora? escrever sobre o que mais?

Tava no orkut agorinha escrevendo um depoimento. Fiz pra Rê. Copiei como citação um texto que ela escreveu pra mim exatamente a um ano. Um bilhete em frente e verso de um papel que não tem nem 15cm, e que foi uma grande surpresa pra mim. Guardo esse bilhete na minha carteira, assim como ela pediu quando me entregou. Esta lá, sempre comigo, há um ano. Parece coisa simples, né? Mas pra mim esse 'bilhetinho' foi um grande presente. Gratidão, reconhecimento, demonstração de afeto... foi assim que pareceu pra mim e por isso me comoveu e ainda me comove tanto.

Eu acho incrível como algumas pessoas me afetam de uma maneira tão grande. A Rê é uma dessas pessoas. Não sei que tipo de energia que ela tem, que tipo de 'mágica' que ela faz, mas ela tem algo diferente, sabe? Já comentei isso com ela, e sempre que posso repito. Ela tem uma luz muito grande! Penso que ela tem uma missão grandiosa nesse mundo, que eu não tenho a mínima idéia de qual seja, mas penso que tem. Digo isso porque, pra mim, não pode existir uma pessoa tão boa, tão iluminada assim sem fazer nada de melhor pras pessoas, pra humanidade, sem ter uma missão maior, sabe?
Gosto muito dela. Eu a amo. E gosto tanto, de uma maneira onde tudo que a afeta, me afeta também, direta ou indiretamente. Tive provas disso ano passado. Teve um período do ano onde ela não tava bem, nenhum pouco bem e isso me afetou também. Outra época de 2010 ela grilou comigo e então, a fase da minha vida que tinha tudo pra ser a melhor, tava uma merda. Ainda bem que conversamos e nos resolvemos. Com a gente é sempre assim, tudo na base da conversa. E haja conversa! Tanto eu quanto a Rê gostamos de conversar, sobre os mais diversos assuntos. E temos paciência pra ouvir e tentamos entender uma a outra na maioria das vezes. Acho que é isso tudo que faz a gente dar certo assim.
Eu sei que nada dura pra sempre e que a qualquer dia e hora isso tudo pode mudar, acabar, por vontade nossa ou não; mas eu espero muito que esse afastamento demore muito a chegar. Não que a amizade vá acabar. Isso eu espero que NUNCA aconteça. Mas eu sei que esse ano vai ser diferente de como foi 2010, e que no próximo ano vai ser diferente também. Talvez o contato entre a gente almente, talvez diminua. Isso só Deus pra saber. A tendência é da gente se distanciar, mas espero que essa fase demore a chegar e enquanto eu querer e puder não vou deixar que isso aconteça.
Mesmo que algumas vezes eu já sinta/perceba um certo distanciamento na nossa amizade, eu espero muito que isso realmente não aconteça, que seja só imaginação minha. Penso que esse 'afastamento' será um processo muito dificil, pelo menos pra mim. Não por dependência, por necessidade ou qualquer outra coisa do tipo, mas sim pelo sentimento, pelo carinho, por todo afeto que tenho por ela. Se disvincular de algum afeto é uma das coisas mais difíceis que conheço! E quanto o afeto é tamanho assim a coisa se complica ainda mais.

Toda vez que falo em afeto me lembro da mini-série 'Queridos amigos' que passou na Globo e também do livro da Maria Adelaide Amaral chamado 'Aos meus amigos' onde a mini-série foi baseada. Livro ótimo, lindo, e a série também! Não por acaso eu presenteei a Rê no último aniversário com esse livro. :)


Já falei demais por aqui hoje. Olhei no relógio e já marcam 04:16. Lembrei que tenho que levar minha vó ao médico hoje de manhã, ou seja, mesmo sem sono eu PRECISO dormir porque amanhã, ou melhor, hoje, acordo cedo.

Até mais!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Visita

Queria escrever hoje, escrever com tempo, durante a madrugada, sem ninguém me mandando dormir.
Pena que não vai ser assim hoje.

Nessa noite (de 07/02) a Lóris veio aqui em casa. A gente conversou bastante. Pra variar quando ela foi embora fiquei com a sensação de que faltou falar sobre muita coisa, mas mesmo assim deu pra gente conversar bem.
Ela falou do namoro, casamento, da faculdade, formatura, igreja, dança, volei, natação, familia, carro, etc. Eu contei da faculdade, do tempo a mais pra formar, do estágio, das bandas e mais coisas.

Ela me disse que deve casar no fim desse ano ou no início do ano que vem. Eu, por mais que 'ja esperasse' isso, fiquei meio surpresa. Foi mais sobre isso que me deu vontade de escrever. Poxa, a Lóris? Minha amigooona, brother meeeesmo, casando? o.Õ
Ai, antes de vir escrever, lembrei que tinha recebido um e-mail nessa semana por conta de um comentário no texto Envelhecer, e resolvi ler ele. Então resolvi não escrever isso de novo. Se fosse fazer um novo texto ia acabar sendo bem parecido com esse.

Queria ter tido mais tempo pra conversar com ela. Me fez um bem danado.

Ah, por falar em comentário do blog. Tenho me surpreendido com a quantidade de pessoas que dizem ler esse blog. De verdade, to surpresa.



Por enquanto é só. Irmã querendo usar o computador.

Até mais!