segunda-feira, 18 de junho de 2012

A morte como conselheira


Lembra-te,
antes que cheguem os maus dias,
e se rompa o fio de prata,
e se despedace o copo de ouro,
e se quebre o cântaro junto à fonte,
e se desfaça a roda junto ao poço…
Eclesiastes 12, 1-8
A vida está cheia de rituais para exorcizar a Morte. Agora, quando escrevo, dia 3 de janeiro de 1991, acabamos de passar por dois deles. É claro que não lhes damos este nome, pois o seu sucesso depende de que o Nome Terrível não seja ouvido. Para isto se faz uma barulheira enorme de sinos, fogos de artifício, danças, risos, muita comida, e alegria engarrafada… E tudo isso só para que a voz Dela não seja ouvida… Natal não é isto? Não existe uma tristeza solta no ar? O esforço desesperado de repetir um passado, fazer com que ele aconteça de novo? Encontrei, certa vez, numa loja nos Estados Unidos, um pacotinho de ervas e temperos num saquinho de plástico com o nome: “perfumes de Natal”. Tem de ser aqueles cheiros antigos, de infância. As músicas novas não servem, é preciso que as mesmas dos outros tempos sejam cantadas de novo. E que haja o mesmo rebuliço, os mesmos bolos, as mesmas frutas. Prepara-se a repetição do passado, para se ter a ilusão de que o tempo não passou. Melhor o incômodo da correria e da ressaca do que a dor de ouvir o que Ela está silenciosamente dizendo: “É, mas o tempo passou. Não pode ser recuperado. Você está passando…” Pensar dói muito. O Natal dói muito…. E saímos da depressão da perda por meio de um outro ritual. Tolice imaginar que o tempo passou. Que nada. É um novo tempo que vem. Há muito tempo à espera. “Feliz Ano Novo!” E, no entanto, é tudo mentira.
Certo está o poeta:
Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;
o que só agora vejo que deveria ter feito,
o que só agora claramente vejo que deveria ter sido
isto é que é morto para além de todos os Deuses…
Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei.
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar?
Esses, sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.
Enterro-os no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos… (Álvaro de Campos, Poesias, “Na noite terrível…”)
Não, não, a Morte não é algo que nos espera no fim. É companheira silenciosa que fala com voz branda, sem querer nos aterrorizar, dizendo sempre a verdade e nos convidando à sabedoria de viver.
O que ela diz? Coisas assim:
“Bonito o crepúsculo, não? Veja as cores, como são lindas e efêmeras… Não se repetirão jamais. E não há formas de segura-las. Inútil tirar uma foto. A foto será sempre a memória de algo que deixou de ser… E esta tristeza que a beleza dá? Talvez porque você seja como o crepúsculo…. É preciso viver o instante. Não é possível colocar a vida numa caderneta de poupança…”
“Você sabe que horas são? Está ficando frio… E as cores do outono? Parece que o inverno está chegando…”
“O que é que você está esperando? Como se a vida ainda não tivesse começado… Como se você estivesse à espera de algum evento que vai marcar o início real da sua vida: formar, casar, criar os filhos, separar da mulher ou do marido, descobrir o verdadeiro amor, ficar rico, aposentar… Como se os seus instantes presentes fossem provisórios, preparatórios. Mas eles são a única coisa que existe…”
“E esta música que você está dançando? É de sua autoria? Ou é um Outro que toca, e você dança? Quem é este Outro? Lembre-se do que disse o poeta ‘Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim’. Mas, se você é isto, o intervalo, você já morreu… Acorde! Ressuscite!”
A branda fala da morte não nos aterroriza por nos falar da Morte. Ela nos aterroriza por nos falar da Vida. Na verdade, a Morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos que perpetramos.
“Lembra-te, antes que se rompa o fio de prata e se despedace o corpo de outro”, e que seja tarde demais.
Uma das canções mais belas do Chico eu nunca ouvi tocada no rádio. Tenho perguntado, e pouca gente conhece. Desconfio. É porque ela é a mansa sabedoria da Morte, que ninguém quer ouvir. Diz assim: “O velho sem conselhos, de joelhos, de partida, carrega com certeza todo o peso de sua vida. Então eu lhe pergunto sobre o amor… A vida inteira, diz que se guardou do carnaval, da brincadeira que ele não brincou… E agora, velho, o que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Nada. Só a caminhada, longa, pra nenhum lugar… O velho, de partida, deixa a vida sem saudades, sem dívida, sem saldo, sem rival ou amizade. Então eu lhe pergunto pelo amor… Ele me diz que sempre se escondeu, não se comprometeu, nem nunca se entregou… E agora, velho, que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Nada. Eu vejo a triste estrada aonde um dia eu vou parar. O velho vai-se agora, vai-se embora sem bagagem. Não sabe pra que veio, foi passeio, foi passagem. Então eu lhe pergunto pelo amor… Ele me é franco. Mostra um verso manco dum caderno em branco que já se fechou. E agora, velho, o que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Não. Foi tudo escrito em vão… E eu lhe peço perdão mas não vou lastimar”… Parece até que o Chico e o Jorge Luis Borges entraram de acordo, pois este escreveu coisa muito parecida: “Instantes: Se eu puder viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser perfeito. Relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria até menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria para lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos sopa. Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma desta pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida. Eu era uma destas pessoas que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo…”
É! Embora a gente não saiba, a Morte fala com a voz do poeta. Porque é nele que as duas, a Vida e a Morte, encontram-se reconciliadas, conversam uma com a outra, e desta conversa surge a Beleza. Agora, o que a Beleza não suporta é o falatório, a correria… Ela nos convida a contemplar a nossa própria verdade. E o que ela nos diz é simplesmente isto: “Veja a vida. Não há tempo pra perder. É preciso viver agora! Não se pode deixar o amor para depois. CARPE DIEM!”
Foi esta a primeira lição do professor de literatura do filme A sociedade dos poetas mortos. CARPE DIEM: agarre o dia! E o efeito de tal revelação poética, nascida da reconciliação da Vida com a Morte, é uma incontrolável explosão de liberdade. É só isto que nos dá coragem para arrebentar a mortalha com que os desejos dos outros nos enrolam e mumificam.
Tive um amigo, Hans Hoekendijk, um holandês que esteve prisioneiro num campo de concentração alemão. Contou-me de sua experiência com a morte. A guerra já chegava ao fim, e os prisioneiros acompanhavam num rádio clandestino o avanço de tropas aliadas e já faziam o cálculo dos dias que os separavam da liberdade. Até que o comandante da prisão reuniu a todos no pátio e informou que, antes da libertação, todos seriam enforcados. “Foi um grito de lamentação e horror… seguido da mais extraordinária experiência de liberdade que jamais tive em minha vida”, ele disse. “Se eu morrer dentro de dois dias, então nada mais importa. Não há sentido em me guardar, não há sentido em ser prudente. Não preciso pretender ser outra coisa do que sou. Posso viver a minha verdade, pois nada pode me acontecer. Não preciso de máscaras. Tenho a permissão para a honestidade total. Posso ir ao guarda nazista, que sempre me aterrorizou, e dizer a ele tudo o que sinto e penso… Que é que ele pode me fazer? Posso ir até aquela mulher que sempre amei mas de quem nunca me aproximei (afinal, ela estava com o marido, e naqueles tempos isto era levado em consideração…) e pedir licença ao marido para confessar os sentimentos… Posso dizer tudo o que sinto mas que nunca me atrevi a dizer, por medo”. E me contou dessa experiência fantástica de liberdade e verdade que se tem quando se está pendurado sobre o abismo. A Morte tem o poder de colocar todas as coisas em seus devidos lugares. Longe do seu olhar , somos prisioneiros do olhar dos outros, e caímos na armadilha de seus desejos. Deixamos de ser o que somos para sermos o que eles desejam que sejamos. Diante da Morte, tudo se torna repentinamente puro. Não há lugar pra mentiras. E a gente se defronta então, com a Verdade, aquilo que realmente importa. Para ter acesso a nossa verdade, para ouvir de novo a voz do desejo mais profundo, é preciso tornar-se um discípulo da Morte. Pois ela nos dá lições de vida, se acolhemos como amiga. ” A morte é nossa eterna companheira” – dizia Don Juan, o bruxo. ” Ela se encontra sempre a nossa esquerda, ao alcance do braço. Ela nos olha sempre até o dia que nos toca. Como é possível alguém se sentir importante, sabendo que a Morte o comtempla? O que você deve fazer ao se sentir impaciente com alguma coisa, é voltar-se para sua esquerda e pedir que a sua Morte o aconselhe. Estamos cheios de lixo! É a Morte é a única conselheira que temos. Sempre que você sentir, como acontece sempre, que tudo está indo de mal a pior,e que você se encontra a ponto de aniquilado, volte-se para sua Morte e lhe pergunte se isso é verdade. Sua Morte lhe dirá que você está errado, que nada realmente importa, fora do seu toque. Ela lhe dirá “ainda não te toquei”. Alguém tem que mudar e depressa. Alguém tem que aprender que a Morte é caçadora e que ela se encontra a nossa esquerda. Alguém tem que pedir o conselho da Morte e abandonar a maldita mesquinharia que pertence aos homens que vivem as suas vidas como se a Morte nunca fosse bater no seu ombro.
Houve um tempo em que o nosso poder perante a morte era muito pequeno. E por isso os homens e mulheres dedicavam-se a ouvir a sua voz e podiam tornar-se sábios na arte de viver. Hoje, o nosso poder aumentou, a Morte foi definida como inimiga a ser derrotada, fomos possuídos pela fantasia onipotente de que nos livramos de seu toque. Com isso, nós nos tornamos surdos às lições que ela pode nos ensinar. E nos encontramos diante do perigo de que, quanto mais poderosos formos diante ela( inutilmente, porque só podemos adiar..)mais tolos nos tornamos na arte de viver. E, quando isso acontece, Morte que podia ser conselheira sábia, transforma-se em inimiga que nos devora por detrás. Acho que para recuperarmos um pouco a sabedoria de viver seria preciso que nos tornássemos discípulos e não inimigos da Morte. Mas para isso seria preciso abrir espaço em nossas vidas para ouvir a sua voz.Seria preciso que voltássemos a ouvir os poetas….

[Rubem Alves]


Lindo, né?
Encontrei um trecho desse texto no Tumblr e resolvi procurá-lo. Ver se o encontrava inteiro, e encontrei. Ainda bem que encontrei. O título do texto é "A morte como conselheira". Perfeito, não?

A morte é um assunto que atrai minha atenção e não é de hoje. E atrái minha atenção exatamente por me chamar pra vida toda vez que penso, leio e escuto sobre ela, a morte.  Acho que o texto diz tudo e não preciso ficar colocando mais palavras aqui. Não hoje.
Vale o registro.
Boa noite!


sábado, 9 de junho de 2012

"Me importo com você inteiro..."


"Nem sempre eu falo tudo que me deixa triste, fico escondendo as coisas pelos cantos, que nem roupa suja em sacola que vai para a lavanderia: a gente vai socando roupa até a sacola encher. Eu vou guardando as coisas até quase explodir. Mas tem uma coisa que sou incapaz de fazer: se eu sei que você está triste e/ou se sentindo frustrado, vou querer saber a causa. Me importo com a sua vida, com os seus sentimentos, com seu dia a dia, com seus sonhos. Me importo com você inteiro. Não consigo simplesmente fingir que não me importo ou adormecer assim, como se estivesse tudo bem, tudo ok, tudo certo, tudo na paz."

[Clarissa Corrêa]


Eu não consigo. Sou assim e não faz parte do meu jeito não se importar. Eu me importo. Sempre me importo.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

pensando mil coisas...

Agora estou no meu quarto, deitada na minha cama com o notebook no colo e pensando em mil coisas...
Primeiramente na dor que estou sentindo na região toráxica desde o último domingo. Pensando sobre ir ou não no médico pra ver isso. Pensando no post que comecei a escrever aqui sobre a viagem pra SP mas ainda não terminei. Sobre o quanto eu gosto de algumas pessoas e como elas me afetam. Pensando sobre a peça do livro "Tudo que eu queria te dizer" eu passou por Goiânia e eu perdi porque estava em SP justo no fim de semana que ela veio pra cá. Pensando sobre manter ou não contato com o Boy novamente. Pensando sobre estudar astrologia, estudar musica e ler mais sobre Gestalt-Terapia. E por falar nisso lembrei que devo começar a fazer terapia nessa próxima semana, que também é semana do meu aniversário. Aniversário que até agora eu não pensei em como comemorar, e se vai valer mesmo comemorar. Pensando de novo na dor, porque ela não ta me deixando pensar em outra coisa por muito tempo. Pensando nos livros que peguei emprestado e tenho que ler. Pensando que também tenho que ler um monte de textos da faculdade que até hoje nem olhei. Pensando em ouvir ou não Adele, porque (quase) toda música dela me lembra dele. Pensando que eu ando mais carente que o usual, e até onde (assumir) isso é bom. Pensando que eu queria ter aproveitado melhor meu feriado, mas que passar o dia todo em casa não foi ruim. Pensando nessa merda de pontada que eu sinto no peito toda vez que inspiro. E pensando também se essa dor toda não teria uma ligação com o emocional. Mas, se é pra ter fato emocional ligado, qual seria o fato? Porque eu ja estive bem mal e, na época, isso não refletiu tão forte assim. Pensando sobre uma das coisas que o tumblr do zodiaco disse sobre geminianos, de preferir ser inocente a tem que encarar uma triste/cruel verdade. Será mesmo? Pensando bem essa pergunta responde. Acredito em vários outros aspectos mas duvido desse. Isso é não querer ver. Outro fato. E por falar nisso lembrei da palestra que o Felipe Ormondi vai fazer aqui em Goiânia e que eu queria ir. E também que queria que ele interpretasse meu mapa astral. Mas acho que no fim das contas nada disso vai dar certo, porque vai custar dinheiro e a coisa que eu mais tenho agora, além de dor é dívida. Tenho que aprender a lidar com essa mania de gastar, principalmente com comida e coisas supérfulas, pelo menos enquanto eu estiver endividada como agora. Ah, estou individada também porquê comprei uma caixa nova pra bateria. Tinha perdido a minha numa mini-tour entre MG e DF. Eu queria estar com as duas caixas, acho que ia ficar massa meu set agora. Falando em Set, acho que no final do ano que vem da pra comprar uma bateria nova ou fazer uma viagem massa. To pensando nisso porque me inscrevi pra um programa de bolsa la no IFG, o PIBID. Quem diria que logo no primeiro semestre eu tentaria uma bolsa, quem diria. Ainda mais um PIBID. Essa merda dessa dor não para. Domingo passado me atrapalhou a dormir, segunda, terça e quarta deu uma amenizada, mas hoje voltou com força total e me atrapalha a dormir de novo. Enquando isso eu vou escrevendo um monte de coisa, que nessa altura ja não devem fazer nenhum sentido. Mas, foda-se. Quem disse que tem que fazer sentido pra mais alguém, afinal isso aqui é MEU diário, certo. Diário mal cuidado, com pouca frequência de escrita e atualização, mas não por isso é menos diário que qualquer outro. Pausa pra checagem no Facebook e Twitter. Play na música que tava sendo carregada no youtube: Let me out do Ben's Brother. Antes de abrir essa caixa de texto aqui eu tava lembrando dessa música e resolvi ouvir. E toda vez que eu inspirto sinto a pontada entre as costelas da esquerda. Todo esse tempo a dor só do lado esquerdo. É, tem um lado emocional nisso, certeza. Mas, cadê isso explicito aqui na minha frente? Cadê? Sento pra mudar de posição e ver se essa dor melhora uma pouco, mas não adianta muita coisa. Pesquiso a letra da música pra relembrar e ver se a letra faz algum sentido ainda hoje. Lembro que essa música me lembrava a Renata. Aliás lembrei bastante da Rê ao longo do dia hoje. Saudade dela! E a letra da música, pra mim, faz mais sentido do que nunca. Talvez eu deva encontrar com o Boy pra uma conversa séria, pontual, definitiva e esclarecedora. Lançar um "let me out or let me in" ta feito. Mas, até o momento chegar deixa eu aqui que to indo bem. As coisas nesse ano, nesse meu 21º ano, estão indo bem, principalmente na parte profissinal, como previa minha revolução solar. É meu ano capricorniano. E, por lembrar disso, quero ver a revolução desse próximo ano e também dar uma conferida nos horóscopo. Sol ja está em conjunção com o sol, ta na hora de fazer isso e ver o que me espera e posso esperar dos 22. Toda vez que digo e/ou lembro que to chegando nos 22 só me vem o trecho na mente" It's sad but is true how society says her life is already over". "Triste, mas é verdade." Tenho pensado nessa última frase com bastante frequência ultimamente. "Sad but true".

Para de pensar, para de pensar menina! Ta passado da hora de dormir e você já falou mais do que devia aqui. Vamos ver se dormindo a dor passa. Essa é a esperança. Porque ela existe: a esperança.

Boa noite pra quem fica, e até não sei quando!

P.S.: Vim editar esse texto só porque lembrei que hoje começei a assistir o seriado Touch e acho que isso merece registro. O seriado me lembrou muito Dele e foi isso que me fez querer manter contato com Ele de novo... We're all connected.

E vim editar de novo porque lembrei que, quando estava despedindo da Nath no aeroporto, eu pensei em escrever aqui naquele momento. Encontros e despedidas, esse o tema do texto. E pensei também que eu tenho tanto tema que já pensei em escrever aqui que fico com a sensação de sempre estar devendo algo, mesmo que ninguém veja esse blog e eu não tenha a mínima obrigação de postar aqui. Na hora que ela tava indo pro avisão cantei baixinho a música do Milton Nascimento cantada pela Maria Rita que foi abertura da novela Senhora do Destino na globo e que se chama Encontros e Despedidas: "Todos os dias é um vai e vem, a vida se repete na estação, tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais..."
Sem mais, boa noite!