segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Viajar, viajar, viajar...

Sempre gostei de viajar. Sempre. E, por isso, toda vez que tenho oportunidade eu viajo.
Mas agora eu tô numa vontade tão grande de viajar sozinha, de sumir por um tempo. Isso não começou hoje, já vem de um bom tempo. Mas antes eu ficava só na vontade e nem pensava em viabilizar principalmente por conta da banda. Hoje não mais. No último semestre eu desencantei um pouco da banda e tô fazendo planos por mim mesma, sem depender de mais ninguém. E o primeiro plano é dar um jeito de morar fora daqui um tempo, de preferência no exterior.
Esses dias tava reparando na quantidade de gente que convive comigo, meus amigos mais próximos, que já tiveram experiencias de conviver com outras culturas ou experiências de independência que eu nunca vivi.

Nos dois últimos fins de semana acabei conversando sobre isso e expondo pra algumas pessoas essa vontade. Especialmente ontem, no aniversário da minha tia Cida, quando conversava com a Cris. Comentei com a Cris que eu quero ser igual ela, juntar uma grana e viajar o mundo. Vi umas fotos dela enquanto a gente conversava sobre as viagens que ela fez e pretende fazer. Isso só fez aumentar minha vontade.
Quando cheguei em casa fui ensaiar e depois vim pro computador e acabei fazendo uma pesquisa sobre algumas cidades e países. Pesquisei onde ficam umas cidades nos EUA e também dei uma estudada sobre a Suiça, mais especificamente Genebra, onde a Miin mora. Agora parece que em todo canto que eu olho, eu acho um elemento qualquer que me remete a fazer uma viagem.
Meu primeiro plano agora é matricular no curso de inglês (minha prima me deu uma bolsa pra estudar la na escola dela. :) e economizar dinheiro. Tenho que dar um jeito de abrir uma poupança pra guardar o dinheiro e também, de preferência, arrumar um emprego onde eu tenha uma renda fixa. Quero conseguir fazer essa viagem até Julho.
A Paty me disse que mês que vem ta indo pros EUA, e me chamou pra ir com ela. Pensa na vontade que eu fiquei! E recentemente soltaram uma notícia de que o visto dos EUA pra brasileiros foi facilitado. Então acho que essa é uma boa oportunidade. Agora começar a fazer o passaporte, juntar grana e ficar atenta a promoções de passagem. Que tudo dê certo e eu, ainda esse ano, consiga sair daqui. Amém!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"fly away, breakaway..."

Tanta coisa passando na minha cabeça nesses dias.
Um desânimo em plenas férias.
O plano de vida sendo desacreditado, mudado, editado.
Tantas pessoas entorno de mim que já tiveram a experiência que eu quero ter.
Tanta gente viajando e conhecendo um monte de lugares que quero conhecer.
Tanta coisa pra pensar, tanta coisa pra resolver.
E eu aqui pensando nisso tudo, de uma maneira calma, sem exageros, desespero, excessos ou coisas do tipo. Calmo até demais pro meu costume.

Tô vendo tantas fotos esses dias e ficando numa vontade cada vez maior de sumir daqui, de dar um jeito na minha vida. Mas dar esse jeito fora de Goiânia. Logo eu que gosto tanto dessa cidade, que tenho maior orgulho em falar que sou daqui.
Ironia, não?

Acho que posso dar muito mais de mim, e descobrir muito mais de mim, quando eu tiver por minha conta. E acho que a melhor maneira disso acontecer é eu ter que me virar em outro lugar, sem pai e mãe, sem casa, comida e roupa lavada. Ter aquela coisa de batalhar pra conquistar algo, até a própria comida. Talvez assim eu descubra pelo que vale a pena batalhar, e dê mais valor ao que eu tenho de maneira fácil.
Graças a Deus que me deu ótimos pais, eu até hoje não tenho o que reclamar no que diz respeito a apoio. Em tudo que eu quis, e meus pais podiam me ajudar, eu tive apoio. Não que eu esteja reclamando, longe disso, mas talvez se eu tivesse ralado mais na prática eu tivesse outro tipo de vida hoje.
Acabo 'sabendo' e falando sobre algumas coisa, mas de maneira hipotética, sem carga de experiência. Já tive alguns 'ralos', sim. Mas tudo de maneira bem mais psíquica e emocional do que prática mesmo. E, agora eu acho que é essa experiência, essa prática que ta me faltando.

Tô afim, muito afim, de ter que me virar. Por minha conta e risco, sozinha. Ver com eu sairia numa situação dessa. Ver realmente o que eu sou capaz de fazer.
Pensando bem agora, isso que eu disse soa como um teste, né. Talvez seja isso mesmo. Eu querendo, e querendo muito, me testar. Mas, pra ser da maneira que eu quero, não da pra ser aqui. E pra ser da maneira que eu quero, não vai dar pra ser agora. Preciso me preparar, juntar uma grana pra poder iniciar em um outro lugar.

Até lá quero ver o que que vira. Quero ver, principalmente, se não mudo de vontade e opinião amanhã ou depois, como de costume.



Sempre gostei dessa música, desde quando ouvi pela primeira vez, e hoje ela faz muito, mas muito mais sentido.


"Out of the darkness and into the sun
But I won't forget all the ones that I love
I gotta take a risk, take a chance
Make a change and breakaway
"


Boa noite!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"Eu gosto de ver as pessoas sendo"

— Por que é que você olha tão demoradamente cada pessoa?
Ela corou:
— Não sabia que você estava me observando. Não é por nada que olho: é que eu gosto de ver as pessoas sendo.


[Clarisse Lispector]




Eu realmente gosto de ver as pessoas sendo.
Boa noite Querido Diário!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Despedidas

Eu realmente descobri que gosto de despedidas. E acho que pode parecer meio triste ou sádico, mas não é, e vou explicar.

Nos últimos tempos ando tentando me encontrar, descobrir do que EU realmente gosto, e não do que eu gostaria de gostar, ou que gostariam que eu gostasse. E venho analisando isso, de pouco a pouco há um bom tempo. Hoje (10/01), pude realizar que gosto de despedidas. Aqui no blog, nessa barra a direita no Muito me interessa tem escrito Encontros, Desencontros, Reencontros. É, eu gosto disso mesmo. E pra isso acontecer, de uma maneira ou outra, é preciso que aconteça a despedida. ´

As despedidas não costumam ser vistas com bons olhos. Tem gente que não gosta e faz questão de evitar. Eu acho que despedidas são uma oportunidade de dizer algo que se quer, de desejar algo, enfim, são um último momento pra fazer algo que não foi feito antes. Ruim é quando a despedida é a última, quando não tem volta. Não vou negar que é ruim, em casos de morte principalmente. Mas ultimamente tenho aprendido a olhar de outra maneira a essas situações. Ao invés de lamentar e não gostar prefiro agradecer. Se estou despedindo de alguém é porque tive a oportunidade de conhecer essa pessoa, conviver com ela, fazer parte de alguma maneira da vida dela, e ela da minha. Ser parte da história de alguém é importante, e ter pessoas presentes na minha história também.
Se me despeço de alguém é porque esse alguém foi e continua sendo, de alguma maneira, importante pra mim. Então acho melhor agradecer por ter tido a oportunidade de conhecer, conviver, compartilhar histórias. momentos, risadas, e outras coisas. Vejo a despedida como uma parte do processo que, não necessariamente, é triste e nem a última.

As vezes só nesses momentos em que se tem certeza que não vamos ter o contato com algo ou alguém, pelo menos por um tempo, é que pensamos realmente no valor da coisa ou pessoa na nossa vida. São nesses momentos que criamos coragem pra falar o que queremos, coragem pra se deixar sentir e fazer parte do que realmente se quer. Por isso acho importante. Somente em momentos de despedidas que algumas coisas importantes acontecem.

Não é que eu prefira me despedir. Na verdade prefiro encontrar e cumprimentar do que que desencontrar ou despedir. Mas, como despedidas são inevitáveis, melhor encará-las dessa maneira e esperar pela próxima oportunidade de encontrar e despedir outra vez.

Até mesmo pequenas despedidas, cotidianas, eu acho importante e gosto de fazer. Faço questão de despedir de todos que conheço em qualquer situação, até mesmo em festas lotadas, ou lugares públicos. Essa de sair de fininho, à francesa, nunca foi meu tipo. A gente nunca sabe quando será a última chance de se despedir de alguém. Então, com as pessoas que tenho mais afeto, faço questão de despedir com abraço, palavras de carinho, desejos de boa vida (bom dia, boa tarde, boa noite, bom sono, boa viagem e coisas do tipo), um pedido pra se cuidar, beijo no rosto e também o desejo de ir em paz e com Deus (mesmo que alguns amigos não acreditem em Deus). E gosto de despedir na internet também. Acho importante pelo menos falar tchau ao terminar uma conversa com alguém. Pelo menos isso.

Porque nada nessa vida é fixo, nada é eterno. Todo mundo muda, todo o mundo muda. E no meio de tantas mudanças o mais natural é ter despedidas. Porque não existe mudança sem deixar algo ou alguém pra trás. E é preciso sempre seguir em frente e ACREDITAR. Acreditar que pode ser, que vai ser melhor, que vou ser melhor, que vamos ser melhores.

Triste e ruim não é despedir. Triste e ruim é não ter de quem despedir. É não ter vivido com pessoas, ou vividos momentos que não tenham valido a pena.
Eu vivi bons momentos com boas pessoas e fico feliz por tudo que já passei. E espero que venham mais encontros, desencontros, despedidas e, principalmente, reencontros. Porquê saudade aqui não falta.


"A hora do encontro é também despedida, a plataforma dessa estação é a vida..."



E nessas descobertas sobre mim mesma me vi metódica também. Bastante metódica. Mas isso é assunto pra um outro texto, em um outro dia.

Então, até mais querido diário. :)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Runaway

Ontem (que na verdade era madrugada de hoje) eu tava no Tumblr vendo as postagens como costumo fazer quando vi essa imagem:
Apenas vi a imagem, não rebloguei nem nada. Lembrei da música do Maroon 5, que já tinha postado ela um dia no tumblr, mas não lembrava a letra, o significado.


Hoje acordei cedo, bem cedo, as 07:36h pra ir me despedir da Iasmin. A primeira música que lembrei, antes ainda de chegar na casa dela foi Runaway do Maroon 5. Depois de acordar de verdade e me arrumar eu fui em direção a casa da Iasmin. O plano era arrumar um lugar la perto pra mandar revelar duas fotos que tirei com ela no último sábado aqui em casa (no churrasco e show da Fantoches que armei aqui, pra ela ver a gente tocando). Consegui fazer a revelação com tempo de vê-la. Eu tinha combinado dela me ligar cedo, pra me acordar e eu poder ir despedir. Quando ela me ligou eu ja tava saindo do Fujioka com as duas fotos reveladas e uma delas dentro de um porta-retrato que também comprei. Sai do Fujioka debaixo de chuva (que por sinal não para ja tem uns 2 dias aqui em Goiânia), fui até o carro e terminei de chegar la na casa da Miin.
Pra minha surpresa o Pedrim também estava lá. Quando cheguei ele tava com a máquina fotográfica na mão pra tirar foto da Min e da Laura. Cheguei, comprimentei todo mundo, entreguei o presente pra Miin, e ficamos conversando atoa um pouquinho. A Iasmin pegou 2 álbuns de fotos de quando ela era criança. Foi muito bom ver. Fotos antigas costumam ser divertidas, e as dela não são diferentes. Bom também ter 'descoberto' um pouquinho mais da história dela. Depois do momento memórias, tivemos que nos despedir. Ela tinha que ir pro aeroporto, fazer check-in as 10h, o vôo estava previsto pras 11:25. Meu pai, hoje de manhã pediu pra eu despedir da Miin la na casa dela, pra não ir no aeroporto porque o carro não tinha gasolina. Então, despedi dela ali mesmo no portão da casa dela, debaixo de chuva, com um abraço, um desejo de boa viagem e de que ela fique bem, em paz e com Deus. Depois ela abraçou o Pedrim e despediu dele, como amigos, e entrou no carro. Lá foi ela. Despedi de todos que estavam lá verbalmente e fui embora com o Pedrim. Até então eu tava vindo pra casa, mas queria muuito ir ao aeroporto. Assim que me despedi da Miin voltei a cantar Runaway, dessa vez cantei mesmo, não só mentalmente. Fui dirigindo, debaixo de chuva, em direção a casa do Pedrim. E no caminho tentando conversar com ele, saber no que ele tava pensando, como tava se sentindo, mas ele super calado. E enquanto tentava a conversa tava pensando em ir ou não ao aeroporto, lembrando do que meu pai me pediu, contando o dinheiro que ainda tinha na carteira. Cheguei a casa do Pedrim, deixei ele lá e resolvi ir ao aeroporto. Durante todo o caminho fui ouvindo Runaway no celular e pensando na situação toda, lembrando dos momentos que passei com a Miin dessa vez. Cheguei lá no aeroporto, dei uma volta pelo salão pra ver se encontrava ela fazendo check-in mas não achei nada. Fui em direção as lanchonetes e lá, de longe, vi a Adriana (mãe da Iasmin) que ficou surpresa ao me ver, ja que eu disse que não ia ao aeroporto. Ela perguntou pq eu fui, e falei que tava em dúvida porque não tinha gasolina o suficiente, mas pensei melhor e resolvi ir. Se fosse eu do outro lado gostaria que a Iasmin tivesse ido ao aeroporto, então fui la também. E outra, que eu não falei na hora, mas pensei, foi que eu não falei verbalmente pra Iasmin que eu a amo, e essa era a chance de fazer. Logo que falei com a 'tia' a Iasmin chegou (super linda e estilosa, pra variar) e também pareceu meio surpresa ao me ver de novo.
A Iasmin tava vestida com uma All Star preto, uma calça branca da Nike tipo moleton, daquelas que dançarinos geramente usam, e uma camisa branca com desenhos em vermelho. No braço esquerdo da blusa uma bandeira da Suiça, e no rumo do seio direito três corações em vermelho, cada uma uma letra dentro, que formavam 'FLI'. E aquele cabelo, lindo toda vida, amarrado tipo rabo de cavalo. Por cima ela colocou uma jaqueta de couro azul, a mesma que ela tava usando quando desembarcou aqui em gyn (e eu acho que fui a primeira pessoa que ela viu por lá no desembarque). Linda. A Iasmin é e estava linda.
A Miin foi conversar com a Laura enquanto elas lanchavam, e logo fomos pra sala de embarque. O momento de despedida chegando, cada vez mais perto. E nessa hora eu ja tinha esquecido que tinha ido pra falar, também, que a amo. Esperamos um pouquinho na sala de embarque, eu, a Iasmin, a Laura, a Adriana, o Mariano (Marido da Adriana, padastro da Iasmin), e uma tia dela que não sei o nome. A Iasmin e Laura sentaram um pouco. Eu fiquei em pé um pouco mais de longe observando. Eu vi a Miin dar uma suspirada, pegar o celular da Laura, digitar uma mensagem, enviar, apagar a mensagem na caixa de saida, coçar o nariz (pra cima como ela sempre faz) e devolver o celular pra Laura. Por um momento pensei que seria um mensagem pro Pedrim. Pode até ser, mas eu acho pouco provável, e não vou saber a resposta disso tão cedo (pra não dizer nunca). Checa o vôo, se ja ta fazendo embarque, separa passaporte, bilhete, mala de mão, mais uma blusa de frio, volta a ver o painel pra ver se está em embarcando e é chegada a hora. Quando ela começa a despedir eu fui beber água, sair um pouco do meio pra ficar por último e também pra não ver ela despedindo de todos e me emocionar demais. Quando voltei ela tava abraçando a Laura. Coisa linda de ver a amizade delas, sério mesmo. Até falei isso pra Laura depois que a Min embarcou. Depois da Laura foi a minha vez. Mais um abraço bem apertado nela. E durante o abraço agradeci pelos momentos, pedi desculpa por qualquer coisa (tipo meus pais fazendo mil perguntas aqui no sábado), desejei uma boa viagem, desejei que ela continue linda (ela riu quando eu falei isso :), que ela fique bem, bem de verdade, e que fosse com Deus. Nessa hora ja estamos chorando. Quando a gente desfez o abraço e se viu, ela deu uma limpada no olho, debaixo do óculos. As lágrimas já estavam borrando o lápis que ela passa sempre no olho. Depois disso ela foi pra fila embarcar, fila bem pequena. O Mariano foi mais perto pra falar algo com ela, e eu aproveitei e em seguida fiz o mesmo. Tinha esquecido de falar que a amo. Então, quando ela tinha acabado de entregar o passaporte eu a chamei, na primeira ela não olhou, chamei de novo e quando ela virou falei "só pra dizer que eu amo você, ta?" com os olhos cheios de lágrimas (igual agora quando to lembrando e escrevendo isso). Ela falou, mais mechendo a boca do que com voz, "eu também" enquanto acenava positivamente com a cabeça mechendo-a pra baixo e logo depois virando um pouquinho de lado e dando um sorriso. Ela foi fazer o embarque e eu voltei pra perto dos familiares dela. Assim que conferiram a papelada dela e ela ia sair da nossa vista ela virou pra gente, levantou a mão e acenou um tchau com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos. Acho que a Laura também viu. Acenei de volta com um tchau também.

E então pronto, despedi como devia. Dessa vez sem deixar passar. Tô orgulhosa de vc Heloísa! :)

Depois disso conversei um pouco com a 'tia' e a Laura. Na verdade ela (a Adriana) chamou a gente pra conversar, comentando da vida amorosa da Iasmin e fazendo comparação com a dela. Falando do Pedro e do Sacha, principalmente da Iasmin. Achei bom fazer parte desse momento, saber mais dessa história, estar incluida. Depois disso me despedi de todos que ainda estavam lá, coloquei o capuz da blusa de frio que eu tava vestindo (a do Gabriel meu primo) e fui pro carro. Quando tava passando pela área de estacionamento embarque-desembarque do aeroporto vi a Laura chorando ainda. A gente fica emocionado mesmo nessas situações. Eu também chorei um pouco no caminho. Inevitável. Voltando pra casa vim processando tudo dessa manhã. Os momentos simples que tive, o que foi dito, o que foi sentido, o que eu fiquei sabendo, enfim, tudo. Do meio pro final do caminho liguei meu celular novamente repetindo Runaway. Lembrava que o clipe dessa música é um cara surfando, mas com um tempo nublado, um céu cinza, assim como o de Goiânia. Achei bom ter lembrado dessa música, nesse momento me parecia coerente. A música também não é alegre, mas também não é melancólica, e isso deixava ainda mais coerente com o dia, com a situação de despedida, com o tempo chuvoso.
A música é essa:

No caminho fui sentindo um pequeno mal estar, como um início de dor de cabeça. Mas não foi nada de mais, não durou 15 minutos. Senti também uma diferença física no 'peito'. Não no peito mesmo, tava mais pro  rumo do diafragma, mais a baixo um pouco. Sim, é MUITO clichê dizer isso, mas essa situação toda me deu um mal estar nessa região.

Chegando em casa eu me distrai, pensei em outras coisas como o almoço que eu tinha que fazer. Acredito que essa distração dez a pseudo-dor-de-cabeça passar. Peguei o notebook, fui pra cozinha, abri uma aba com o youtube e coloquei Runaway pra tocar enquanto procurava a tradução da música. Quando li gostei ainda mais de, inconscientemente, ter escolhido essa música pra lembrar durante essa manhã e tarde inteira.

Imagem com o mar com plano de fundo, em tons de cinza; clipe com clima de chuva, em tons de cinza; o céu de Goiânia em tons de cinza, com chuva sem parar; e aquele momento de despedida. Tudo muito coerente e propício, principalmente a letra da música.
Coincidência?

Na madrugada

Eu fico tão bem na madrugada. De verdade mesmo. Tudo tão mais calmo, mais silencioso, mais fácil. O tempo fica melhor, as horas passam mais devagar, se tem mais tranquilidade para fazer qualquer coisa de madrugada. Qualquer coisa mesmo. Ler, dormir, cozinhar, ouvir música, escrever, conversar, caminhar, e qualquer outra coisa que consigo imaginar. Tudo fica melhor durante a madrugada
Cada vez mais acredito que quando o sol se põe, quando o mundo dorme, é que se deve estar acordada. Assim penso melhor, vivo melhor.

O problema de viver assim é me entenderem, me aceitarem. Mas quem disse que tõ precisando de aceitação?

"Quero ter menos preguiça..."

"A gente precisa se incomodar menos. Tem tanta coisa bonita pra gente viver, aprender. Me choco com as coisas que ainda não sei. Quero ler mais livros. Escutar mais músicas. Assistir mais filmes. Quero ter menos preguiça, sentar mais no chão, correr mais pelo parque. Sabe, essas coisas fazem com que eu me sinta livre. Acho ruim a gente ter que se aprisionar. Quero sair de noite, caminhar sem rumo, ficar olhando para o céu. Pode soar bobo, mas isso pra mim é tão importante."

[Clarissa Corrêa]


E é importante mesmo.

domingo, 8 de janeiro de 2012

O Início de 2012

É, tem bastante tempo que não escrevo. Aqui e nem em lugar nenhum. Ainda mais de férias. Dessa vez nem abri o blog pra ver de quando é a última postagem mas, com certeza, não foi esse ano.

Nesse tempo tanta coisa aconteceu, mas minha vida não mudou muito. Alguns amigos e parentes estão aqui em Gyn. A Iasmin chegou aqui no Brasil dia 24/12/11, fui recepcioná-la no aeroporto e tudo mais. Depois disso a vi umas duas vezes na casa dela (um churrasco que ela armou lá e o outro dia fui fazer uma visita durante a noite) e hoje ela veio aqui em casa. Essa semana também consegui ver a Neyre, que também estava em gyn. Veio pra cá comprar um carro, e tava das mais animadas com isso. Depois de dias procurando e fazendo test drive em vários carros ela resolveu levar um Nissan March.
Foi muito bom tê-las visto. E além delas essa semana, na quinta, fui passar a tarde la na casa da Tátia. Acho que não tinha falado da Tátia aqui no diário antes. Ela é uma boa nova amiga que conheci em 2011. Uma das melhores coisas do ano. Apesar do pouco tempo que temos de convivêncio ja tenho um carinho grande por ela. :)

Nessas férias tô aproveitando bem as oportunidades que tenho para ver e rever amigos. E espero continuar fazendo isso ao longo do restante de férias.

Ah, to precisando arrumar um emprego. De preferencia um bom emprego (no nível de mão de obra que tenho) que não tenha educação física relacionada. Preciso disso pra poder abrir mão de vez daquela faculdade. Esse ano, de uma vez por todas vou ter que fazer isso. Não vai dar mais. Preciso achar um jeito, um caminho, pra parar a faculdade sem muitas crises. Crise e falação eu sei que vai ter, mas não precisa ser demais.

Eu tinha que falar mais. Deixar registrado o fim de 2011, o natal em família com a organização da gente aqui de casa,  o reveillon tocando com a Madrinha Hosana em Aragoiânia, os planos pra 2012, a primeira discussão aqui em casa nesse ano, e outras coisas mais que não lembro agora. Mas vou deixar passar mais uma vez. Ja são quase 5 da manhã e se eu for falar de tudo isso não vou parar de escrever tão cedo. To querendo ir dormir já.

Então, o que eu vim escrever?? Vim falar do churrasco de hoje, que na verdade ja é ontem.
Organizei um churrasquim aqui em casa pra Fantoches fazer um show, uma pequena apresentação bem simples. Chamei uns amigos pelo facebook, coloquei os equipamentos do estúdio na garagem, meus pais me ajudaram com o churrasco e comidas, e a galera trouxe bebida. Esse foi o ambiente em que tocamos. Apresentação da banda foi bem simples, e intimista. O palco tava aberto também e a minha irmã e o Renato (Lacerda) tocaram o hit do momento, o Túlio cantou algumas músicas e depois a namorada dele tbm. Mais no finalzim eu (morrendo de vergonha) e a Nath (da Laje) na compania da Gorda e da Rê cantamos 'Someone Like You' da Adele. O Pedrim fez um 'show particular' tocando aquelas músicas que todo mundo critica mas no fundo, beeeeeeeeem no fundo, todo mundo gosta e sabe cantar. Foi divertido.
Achei muito bom a Iasmin ter vindo. Eu fiquei meio sem graça de não poder ter dado a atenção e o tempo que eu queria pra ela e pra todos os outros amigos presentes já que eu tava tocando. Legal foi que, mais no final quando ja tinha terminado de tocar, deu tempo pra conversar com ela um pouco. Conhecê-la mais.
É diferente, bem diferente o jeito que a minha amizade com ela começou. A gente se conhecia quando ela vivia aqui no Brasil devido ao namoro que ela tinha com o Pedrim, mas a gente passou a conversar mais e ficar amiga meeesmo depois que ela viajou. Lembro de quando ela tava lá sem estudar ainda e passava mais tempo na internet, a gente conversava por um tempão no msn e trocava bastante idéia. O tempo que a gente tem pra conversar aqui é pouco, ela ja vai embora no início dessa próxima semana, amanhã se não me engano. Então, nesses poucos momentos que tenho tento aproveitar o máximo. Ainda mais porque ela mal ta entrando na internet de lá. Correria que só a vida dessa menina. Mulher aliás. Uma linda mulher. :)

Enfim, pra quem não queria escrever muito ja conversei demais aqui. Bom ter deixado registrado. E que eu tenha mais corragem e tempo na madrugada pra manter o diário atualizado em 2012.

E que esse ano seja bom, melhor que 2011 pelo menos.
Até a próxoma!