segunda-feira, 26 de maio de 2014

Projeto 24

Acabou de começar. Acabei de terminar a primeira.
Agora é perseverança e muitas madrugadas sem dormir pra conseguir terminar.

#Projeto24HH.

sábado, 12 de outubro de 2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Identificação - Mapa Natal


"Mapa astral

05 de setembro de 201067
Fiz duas vezes meu mapa astral. Uma vez, ainda adolescente, aqui em Porto Alegre, com uma moça que não recordo, faz tempo à beça e nada me ficou. Anos mais tarde, fiz com uma paulista que nunca cheguei a conhecer pessoalmente, mas lembro do nome: Eliane Lobato. Mandei meus dados pelo correio e pelo correio recebi uma fita K-7 (crianças, nem adianta insistir que não vou explicar o que é), onde ela narrava muita coisa sobre mim, tudo assombrosamente correto. Tanto que, ao ouvirem a fita, meu pai e minha mãe também fizeram os seus mapas, e de novo ela acertou na mosca. Isso foi por volta de 1987. Adoraria ter esse material ainda, porém eu morava sozinha na época e meu apartamento foi assaltado num feriado em que eu estava viajando. Levaram o aparelho de som com a fita dentro.
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Passados mais de 20 anos, resolvi fazer novamente meu mapa astral, dessa vez com a talentosa Gugu Bastian. Estive com ela essa semana e se eu ainda mantinha algum resquício de ceticismo, ele evaporou. A movimentação e influência dos planetas é coisa séria.  Nosso papo valeu como uma sessão de psicanálise.
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Na primeira parte da "sessão", ela me deu uma breve explicação sobre astrologia (tudo gravado, no final ela entrega o CD). Bom, eu sou Leão com ascendente em Capricórnio, lua em Sagitário e meio céu em Virgem. E então ela começou a falar sobre o que tudo isso significava, como me afetava. Meus pontos fortes, meus pontos fracos. Vou dar uma palinha pra vocês.
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Pontos fracos: sou excessiva onde coloco meu afeto, tenho dificuldade em me desapegar e chego a temer a intensidade dos meus sentimentos. Sou um tango argentino (palavras dela). Além disso, sou bastante crítica com os outros e comigo mesma. Rigorosa ao extremo.
Pontos fortes: sou comprometida com tudo o que faço, tenho uma atitude generosa em relação à vida (honro o fato de ter nascido usufruindo o melhor que a vida dá), minhas exigências pessoais são simples, tenho uma energia ansiosa que é bastante produtiva, me preocupo em me expressar de forma cristalina (não só escrevendo, mas em todas as minhas relações cotidianas) e minha casa é meu refúgio, não sou muito social, e sim doméstica e introspectiva. Não sei se isso é um ponto forte, não foi assim que ela catalogou as coisas, simplesmente me jogou todas as informações juntas, eu é que fiz, comigo mesma, essa diferenciação. Mas realmente prezo meu canto e considero um ponto a favor o fato de não ter muito talento para a performance que a vida coletiva exige.
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Ela falou bem mais, fiz um breve resumo.
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Achei interessante também ela dizer que fui conservadora quando criança, a legítima CDF, e que hoje, madura, sou uma anárquica. Isso talvez não transpareça em meus textos, e também não no meu modus vivendi, mas sei que essa inversão internamente se deu. Construí uma sólida base de lançamento pra mim, quando criança, e só quando senti que estava segura, já adulta, me permiti me divertir pra valer.  Hoje tenho um espírito meio riponga. Ela inclusive falou algo que eu nunca havia me tocado: não levo em conta as hierarquias, não distingo ninguém de ninguém, todos para mim são iguais. Isso explica por que, quando tive um cargo de diretoria, há muitos anos, na época em que era publicitária, me dei mal. Apesar de leoninos serem considerados líderes natos, essa não é minha praia. Tenho horror à arrogância. Verdadeiro horror. E, segundo ela, por essa mesma razão, não me sinto confortável quando me dão muita importância. Claro que o ego e a vaidade agradecem, mas não levo nada disso a sério.
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Meu raio x, turma.
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Depois dessas explanações, começou o melhor da festa: as previsões. Não se trata de dizer o que vai ou não vai acontecer, não existe bola de cristal e nem é esse o propósito do trabalho, ela apenas fala em tendências, em favorecimentos cósmicos - ou desfavorecimentos. E aí foi incrível, porque ela praticamente descreveu certas dificuldades atuais minhas, falou sobre as razões de certas coisas estarem indo bem e outras estarem retrógradas, enfim, bateu exatamente com o meu momento. A boa notícia é que os astros se movimentam, e assim também a vida: nada permanece muito tempo como está.
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Terminada a gravação, ela ainda cedeu um tempo para falar sobre meus afetos mais íntimos, e aí meu queixo caiu, pois, apenas com as datas de nascimento, ela falou de pessoas bem próximas a mim com uma sapiência quase chocante, parecia que ela conhecia cada um. Me deu toques importantíssimos sobre o convívio com elas. Saí de lá mais leve e confiante.
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Sei que muita gente acha tudo isso uma baboseira e eu respeito, já fui uma cética radical, mas isso na época em que era mais infantil e conservadora... Hoje me permito acreditar. Não só nas influências dos planetas, mas acreditar em algumas conspirações que não são científicas, provadas, documentadas. Simplesmente acreditar que há algo além da nossa racionalidade extrema. Se não servir pra nada, ao menos é mais divertido viver assim.
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Beijos e boa semana!

Postado por Martha Medeiros, às 12:14."

Precisava guardar esse texto. Por isso ta postado.

A moça do carro azul.

A moça do carro azul.

[Martha Medeiros]
28/12/2005 


"Era a semana que antecedia o Natal. Os carros entupiam as ruas, todos querendo aproveitar um sinal verde, uma vaga para estacionar, chegar mais cedo ao shopping. Eu era apenas mais uma no trânsito, quase sem olhar para os lados, concentrada em alguma tarefa inadiável. Mas de repente o que era movimento e pressa à minha volta parou.

Estava fazendo o retorno numa grande avenida quando passou por mim um carro azul com uma moça na direção. O vidro dela estava aberto e ela não parecia ter nada a esconder: chorava. Não um choro à toa.

Ela chorava por uma dor aguda, uma dor de respeito, era um transbordamento. Passou reto por mim e eu concluí meu retorno, e quis o destino que a próxima sinaleira fechasse e alinhasse nossos dois carros, eu ao volante do meu, atônita, ela ao volante do dela, desmoronando.

Eu deveria ter ficado na minha, mas era quase Natal, e quase todos estão tão sós, quase ninguém se importa com os outros, e antes que trocasse o sinal, abri a janela do meu co-piloto - sem nenhum co-piloto - e perguntei: "Você precisa de ajuda?"

Ela estava com a cabeça apoiada no encosto do banco, olhando em frente pro nada, chorando ainda. Então virou a cabeça lentamente para mim - pensei que iria dizer para eu me preocupar com a minha vida - e disse serenamente: "Já vai passar". E quase sorriu.

Eu respondi "fica bem", fechei o vidro e avancei meu carro um pouquinho pra frente, para desalinhar com o dela e deixá-la livre dos meus olhos e da minha atenção.

Passei o resto do trajeto tentando adivinhar se ela havia rompido uma relação de amor, se havia perdido um filho recentemente, se havia recebido o diagnóstico de uma doença grave, se havia discutido com o marido, se estava com saudade de alguém, se estava ouvindo uma música que a fazia lembrar de uma época terrível - ou sensacional.

O que a fazia chorar quase ao meio-dia, numa avenida tão movimentada, sem nem mesmo colocar óculos escuros ou fechar o vidro? Que desespero era aquele sem pudor e por isso mesmo tão intenso?

Garota, desculpe invadir com minha voz a sua tristeza. Era quase Natal e eu não agüentei ver você naquele quase deserto, num universo à parte, incompatível com a quase euforia com que recebemos as viradas, as mudanças, a esperança de olhos mais secos.

Faz uma semana, lembra? E agora falta quase nada pra gente abraçar a ilusão de que tudo vai ser novo. Que seja mesmo, especialmente pra você.

Feliz 2006."




E sempre que choro e quando choro dentro do carro, meu uninho azul, me vem essa crônica na cabeça. Foi bom relembrá-la hoje.

Já vai passar!

sábado, 15 de setembro de 2012

Sonho com a Katy Perry.

Acabei de acordar e tive um sonho com a Katy Perry. Vim logo escrever antes que começe a pensar em um monte de coisas.

No sonho o Pedrim e a Rebeca também estavam. A Katy Perry tava no Brasil pra fazer um show. E eu estava nos bastidores, conversei com ela. Pareceu muito real. O Pedrim tinha ensaiado uma participação no show dela junto dum outro cara que eu não lembro. A Rebeca tbm conversou com ela e ganhou presente. Eu conversei com ela, pedi pra tirar foto e tirei algumas. Eu entrava no camarim dela, a vi maquiando e ensaiando uma música em Português com um sotaque beeeem americano, mas era a coisa mais linda, eu filmei esse ensaio. Depois disso a Katy procurava um presente pra me dar, mas não encontrava, ai pediu pra uma produtora ir pegar o presente  e eu ir com ela. O sonho tinha tudo pra ser real. Eu tava no caminho pra ir buscar o presente, tava quase postando uma foto com ela no Instagram e meu telefone toca na vida real, música da Karmin, e eu corde e percebo que tudo foi só um sonho.

Mas foi um sonho lindo e deu muita vontade de compartilhar, por isso vim escrever. Depois de muito tempo.


Sei que tem bastante tempo que não escrevo. Não é por falta de assunto, até mesmo porquê minha vida e minha cabeça andam bem movimentadas. É mais por preguiça. Os assuntos que mais me incomodam eu tenho conversado com um amigo ou outro, ai a vontade de escrever acaba passando. Então, enquanto isso continuar vai ser assim.

Já que voltei a escrever vou falando que começei a fazer a terapia. Que minhas aulas na faculdade voltaram das férias e da greve, ja estou cursando o segundo período, que estou recebendo uma bolsa por um projeto de pesquisa na faculdade (o PIBID) e que comprei um celular novo (um sony ericsson Xperia Neo V) e to naquela fase de namoro com o celular. hehehehe.
Acho que as últimas novidades que merecem registro por enquanto são essas.

Até a próxima!!